Divulgação/Lara AsanoNesta terça-feira (19/4), o Provoca recebe o rapper MV Bill. O premiado músico, ator, ativista e escritor, que lançou uma autobiografia recentemente, conversa com Marcelo Tas sobre a liberação do uso de armas, como o ócio favorece a maldade em áreas carentes, e sobre sua juventude. A edição vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.
MV Bill, que tem como um de seus projetos mais reconhecidos o documentário Falcão – Meninos do Tráfico (2006), gravado do final dos anos 90 até meados dos anos 2000, conta as experiências que teve quando era jovem, e recebia convites para se envolver com atividades criminosas: “Às vezes você está ali sem ter almoçado, e aí vem esses convites (…) tem que ter muito foco naquilo que você quer para poder ir por caminhos diferentes”, observa.
Durante o programa, o músico revela o medo que a favela vive com o número crescente do porte de armas, e sua preocupação com a ambiguidade do artigo da Constituição que abrange a legítima defesa. Na opinião do carioca, que cresceu na Cidade de Deus, bairro onde reside, “se o cidadão de bem estiver cismado com a minha cara e achar que eu sou um potencial perigo…pá, ele dá um tiro, ele mesmo chama a polícia, e diz que se defendeu”, aponta o cantor.
O rapper surpreende Tas ao contar que teve sua primeira relação sexual aos 22 anos. Atribuindo o “atraso” à sua timidez e seu caráter “sisudo”, por ter sido chamado de feio quando era mais novo, MV Bill conta ter passado a infância e juventude inteiras invisível: “Ser invisível na rua, na sociedade, no asfalto, pra mim já era normal. Mas ser invisível na escola era muito ruim…na festa black, no baile funk sabe?”, relembra para o apresentador, que brinca: “Ser invisível com 1,90”.
MV Bill é o convidado de Marcelo Tas no Provoca desta terça-feira (19/4)
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca