O Carnaval fora de época tão badalado no Rio de Janeiro, após as restrições impostas pela pandemia, mostrou mais uma vez que o Rio de Janeiro segue tendo inúmeros problemas para realizar grandes eventos.
Foram dois acidentes envolvendo carros alegóricos, um deles fatal, que resultou na morte de uma menina de 11 anos e em declarações deploráveis do presidente da Liga, Wallace Plhares.
“A Liga não tem que dar suporte à família porque ali é uma área fora do Sambódromo. O que acontece ali é cultural e precisa de polícia. O que ocorreu foi uma fatalidade, o que tem de ter é segurança. O carro já estava sendo rebocado quando tudo aconteceu”, disse Palhares
“Ali, eles entram para roubar tudo. Fui presidente da Acadêmicos do Sossego, e a gente tinha de catar tudo para não roubarem. Ontem (quarta-feira), a Cubango perdeu toda a iluminação. É um prejuízo de R$ 20 mil”, disse Palhares que esqueceu-se de dizer que as escolas deveriam cumprir a lei e não cumprem, que a escolta deveria acompanhar os carros e não acompanhou e insinuando que o tal prejuízo de R$ 20,000,00 podem ser comparados a falta de sossego que a família de Raquel, que não estava tentando roubar nada, terá sem ela..
Palhares também contestou, pouco antes do início do segundo dia de desfiles, a informação fornecida pelo Corpo de Bombeiros, que divulgou que nenhum dos carros alegóricos das que passaram pela Avenida na primeira noite tinha autorização para atravessar a Sapucaí. Ainda segundo a corporação, das oito escolas que desfilaram nesta quinta, somente quatro teriam solicitado a vistoria necessária.
O domingo foi só uma continuação do que já havia acontecido no sábado, quando muitos foliões saíram às ruas, em cortejos principalmente no Centro do Rio. Foi o caso do bloco Mistério Há de Pintar, que passou pela Cinelândia.
Blocos ignoram prefeitura, transformam chafariz em mictório, mas cobram justiça e criticam políticos
A prefeitura do Rio de Janeiro pediu que os blocos não desfilassem, em vão. As ruas do Rio de Janeiro, principalmente na área central da cidade, foram tomadas por blocos que não tinham autorização para estar ali.
Como não havia banheiros químicos, organização e nada parecido, paredes e chafariz do Mestre Valentim serviram de mictórios para quem acabou participando do cortejo do Cordão do Boitatá, que ficou pela Praça XV.
Além da região central, também houve blocos em Jacarepaguá e Vila Isabel, contudo, vale lembrar que O carnaval de rua está cancelado no município desde janeiro.
O curioso foi ver os foliões que desrespeitaram a proibição da prefeitura, aparecer com faixas de protestos, com mensagens para políticos e criticas a governantes… Ou seja, o Carioca não cumpre regras, mas quer cobrar que cumpram.. Fica difícil, mesmo tendo o povo total razão em seus protestos.
Furto, roubo e desacato resultam em apenas quatro prisões
As ações de fiscalização e ordenamento feitas pela Secretaria de Ordem Pública (Seop) e pela Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) no entorno do Sambódromo e na Estrada Intendente Magalhães resultaram em uma prisão, no quarto dia de desfiles do carnaval fora de época, chamado carnabril pela população. Em quatro dias de fiscalização e patrulhamento, foram feitas quatro prisões e duas conduções de cidadãos para delegacia, após flagrantes de furto, roubo e desacato.
Segundo a prefeitura, foram aplicadas 294 multas após flagrantes de infrações de trânsito, e 31 veículos foram rebocados. Desde o início dos desfiles do Sambódromo, na última quarta-feira (20. até ontem (23), foram aplicadas 1.547 multas de trânsito.
A Guarda Municipal distribuiu 179 pulseirinhas de identificação para crianças. Desde o primeiro dia de desfiles, a GM identificou 568 crianças no entorno do Sambódromo. A ação faz parte de campanha de conscientização contra a exploração infantil, realizada em parceira com a Secretaria de Assistência Social e com o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Também foram registradas 311 ações de apoio ou atendimento a turistas, totalizando 423 atendimentos nos quatro dias de folia.
Ainda no entorno do Sambódromo, um número assustador de furtos e roubos foram registrados por emissoras de TV e por nossa equipe, contudo, muitos não chegaram sequer a registrar as ocorrências junto às autoridades.
Muitos menores roubavam cordões, joias, celulares, carteiras e tudo mais que pudessem. Os grupos eram até reprimidos pela Polícia Militar, mas os casos eram tantos que não tinha como conter todos com o número de agentes disponíveis.
Do “Arpoador’ Filho de Bolsonaro é vaiado e debocha de protesto no “Favela”
Depois de defender o indulto que o pai, Jair Bolsonaro, concedeu para seu colega, Daniel Silveira, Flávio Bolsonaro resolveu curtir um camarote na Marquês de Sapucaí e foi para o Camarote Arpoador, localizado entre os setores 3 e 5 da Marquês de Sapucaí.
Flávio foi vaiado durante cerca de 10 minutos, mas arrogante como sempre, gargalhou ao ver uma faixa em que se lia FORA, BOLSONARO, pendurada no Camarote em frente, o Favela… Seria realmente cômico, se não fosse trágico.
Ambulantes
Equipes da Subsecretaria de Operações e da Coordenadoria de Controle Urbano removeram ontem (23) 86 ambulantes que não tinham autorização para trabalhar no entorno do Sambódromo. Ao todo, 489 itens irregulares foram apreendidos, entre os quais bebidas, algumas em garrafas de vidro, cuja venda é proibida no comércio ambulante, carrinhos e caixas de isopor.
Em quatro dias de operações nas imediações da Marquês de Sapucaí, 440 ambulantes foram fiscalizados e mais de 853 itens irregulares, apreendidos pelos agentes. As ações são realizadas em todos os pontos de acesso ao Sambódromo e têm foco no combate à desordem.
Mais de 500 agentes da Seop e da GM participam da operação especial para o carnaval 2022 no Sambódromo, trabalhando nos pontos de bloqueio montados pela Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) no entorno da Passarela do Samba. Os agentes auxiliam ainda as escolas de samba no deslocamento dos carros alegóricos, com foco na segurança viária e na diminuição de impactos no trânsito. Esta ação acontece tanto na Sapucaí quanto na Estrada Intendente de Magalhães, onde desfilam as escolas da Série Prata.
Saúde
No segundo dia dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS-Rio) fez 465 atendimentos, em seus postos médicos ao longo da Marquês de Sapucaí. Desse total, 18 pacientes com quadros mais graves precisaram ser removidos para uma das 22 unidades de urgência e emergência que serviram de retaguarda à Operação Carnaval. Nos quatro dias de desfiles (dois da Série Ouro e dois do Grupo Especial), os sete postos somaram 1.456 atendimentos e 65 transferências.
Por meio do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, a secretaria também atuou na fiscalização do cumprimento das normas sanitárias, tanto na oferta de alimentos como de serviços, e nas instalações no Sambódromo, no Terreirão do Samba e no comércio ambulante do entorno. Na última noite de desfile do Grupo Especial, ontem (23), houve 84 inspeções, com oito autos de infração emitidos. Considerando os quatro dias de desfiles, foram feitas 312 vistorias e 33 multas aplicadas.
A Secretaria Municipal de Saúde manterá a estrutura de atendimento médico no Sambódromo neste domingo (24), quando desfilam as escolas de samba mirins. Esse planejamento será repetido no próximo sábado,na noite do desfile das campeãs do carnaval 2022.
A secretaria garantirá ainda o atendimento de saúde durante a apuração dos vencedores na Praça da Apoteose, no dia 26, com um posto funcionando das 14h às 20h, com equipe formada por três médicos, dois enfermeiros e três técnicos de enfermagem. Duas ambulâncias com suporte avançado serão disponibilizadas para a transferência de pacientes que apresentem casos mais graves.
Lixo
Na noite passada, segundo dia de desfile das escolas de samba do Grupo Especial, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 45,6 toneladas de resíduos do Sambódromo.
Durante o dia, no período de 7h às 20h, os garis deixaram limpa a avenida, retirando 11,7 toneladas de lixo. Após a passagem das escolas, foram removidas 33,8 toneladas de resíduos.
Os desfiles dos quatro dias somaram 164,3 toneladas de resíduos retirados somente no interior da Passarela do Samba. A Comlurb escalou 287 garis para fazer a limpeza noturna no Sambódromo, 11 para limpeza de postos de saúde e mais 198 no horário diurno, após os desfiles.
Abordagem social
No quarto dia de carnaval na Marquês de Sapucaí, a Secretaria Municipal de Assistência Social atendeu, orientou e identificou 930 crianças e adolescentes com suas famílias, e também no Terreirão do Samba e na Intendente Magalhães. As equipes de abordagem social atenderam 675 pessoas em situação de rua nas áreas próximas do carnaval e nas zonas norte e sul, sendo que 53 pessoas foram acolhidas, entre elas um idoso.
No Sambódromo, a secretaria trabalha em parceria com o Grupamento de Ronda Escolar da Guarda Municipal e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente no programa Folia Lega”. Nos cinco dias de carnaval, estão sendo distribuídas 10 mil pulseiras, e também se realiza campanha de orientação e conscientização sobre violações aos direitos das crianças e dos adolescentes, como nos casos de consumo de álcool e trabalho infantil, entre outros.
Na Rua Benedito Hipólito, 163, foi montado um posto para atendimento de crianças desacompanhadas ou perdidas dos responsáveis, filhos de ambulantes que estiverem trabalhando no entorno do Sambódromo ou crianças e adolescentes em situação de violação de direitos, como trabalho infantil. Também com o conselho, funcionários da Assistência Social distribuíram 863 folhetos e ventarolas da campanha de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Trânsito
O esquema especial de trânsito no centro do Rio e em todos os seus acessos, que começou terça-feira (19), conta com 260 operadores, entre agentes da CET-Rio e apoiadores de tráfego, que trabalham com objetivo de manter a fluidez do trânsito, coibir estacionamentos irregulares, ordenar os cruzamentos, orientar pedestres e efetuar os bloqueios viários.
Foram disponibilizados 19 reboques para desobstrução de vias, 29 motocicletas e 30 veículos operacionais, além de 11 painéis de mensagens variáveis, entre fixos e móveis, para informação dos horários dos fechamentos e condições do tráfego.
O Centro de Operações da prefeitura monitora toda a área do evento por meio de câmeras, possibilitando que técnicos da CET-Rio possa implantar ajustes na programação dos semáforos, visando garantir a fluidez do trânsito.
A prefeitura do Rio preparou ainda operação especial para o sistema de transporte público no carnaval. A orientação é para que a população planeje seus deslocamentos considerando as interdições nos entornos do Sambódromo, no centro da cidade e na Estrada Intendente Magalhães, na zona norte.
Os itinerários das linhas de ônibus foram modificados, por causa de áreas interditadas. O Metrô e a Supervia estão funcionando durante a madrugada e táxis fazem pontos de embarque no entorno do Sambódromo. As informações completas das modificações na operação de ônibus, trens, metrô, VLT, BRT e táxis estão disponíveis no site da prefeitura
Com informações de agências