O contexto do mercado das criptomoedas
Todas as pessoas que acompanham o mercado, mesmo que de longe, já foram surpreendidas pelos altos e baixos de criptomoedas (moedas digitais) nos noticiários. Embora a moeda Bitcoin seja a mais comum nesse mercado bastante volátil, há diversas outras moedas digitais em circulação e em transição no mercado.
Desde o início do ano, todos testemunharam a volatilidade habitual no mercado de criptomoedas, especialmente no que diz respeito à moeda “principal” Bitcoin, tendo atingido seu maior valor este ano no final de março (cerca de US$ 47.000).
Apesar da volatilidade, os investidores dizem não estar surpreendidos, pois as resistências identificadas na Retração de Fibonacci têm sido respeitadas – o que indica que o comportamento do mercado tem sido o esperado.
O que esperar do mercado
Dado que as criptomoedas não estão relacionadas com bens tangíveis, o preço delas varia maioritariamente segundo a lei básica da oferta e da demanda, ou seja, quando as criptomoedas ganham mais atenção, é normal que haja mais demanda por parte dos investidores, o que aumenta o volume de transações – e consequentemente os preços das moedas também sobem.
Em um momento em que os investidores procuram alternativas aos investimentos “tradicionais”, que são fortemente condicionados por fatores externos como a inflação e a guerra, é expectável que a demanda destes ativos aumente ao longo deste ano.
Dito isto, os investidores veem o ano de 2022 como o ano de afirmação do mercado das criptomoedas (que já vale mais de US$ 900 bilhões!) por causa das previsões das taxas de inflação elevadas registradas em todas as economias, levando a que procurem alternativas de investimento.
Contudo, apesar do valor das criptomoedas serem maioritariamente dependentes da oferta e da demanda, existem também fatores externos que podem ter uma influência negativa. Ainda no início de abril deste ano, rumores de nova legislação europeia sobre a transação destes ativos levaram a uma quebra do valor das principais moedas.
Como reage o resto do mercado
Embora a Bitcoin seja a criptomoeda mais conhecida (as duas palavras são muitas vezes usadas como sinônimas) existe uma variedade de outras moedas, baseadas em tecnologias diferentes.
Para além do Bitcoin, existem outras moedas conhecidas como “altcoins”, que são basicamente todas que não a Bitcoin. As altcoins com maior valor e, por sua vez, com mais procura e que por norma seguem o mesmo comportamento da Bitcoin são a Ethereum (ETH), o Ripple (XRP) ou a Litecoin (LTC).
Enquanto o valor das altcoins principais está correlacionado com o valor da Bitcoin, existem outras moedas, muitas vezes projetos recentes e com grande risco associado, que são transacionados sem reagirem ao mercado, ou seja sem correlação com a Bitcoin ou se quer com as principais altcoins.
Assim, enquanto as altcoin principais têm a Bitcoin como “embaixador”, isto é o valor deles replica o comportamento do valor da Bitcoin – significando que a demanda aumenta em simultâneo – existem outras criptomoedas que os investidores procuram independentemente do que estiver a acontecer no resto do mercado.
Conclusão
A Bitcoin é a principal moeda digital, sendo inclusive muitas vezes utilizada como sinônimo de todo o mercado das criptomoedas, e a sua influência é tão grande que a maior parte do mercado – composta por altcoins – segue o comportamento do valor dela.
As moedas digitais seguem, na sua essência, a lei da demanda e da procura, o que faz com que o valor delas aumente quando a demanda cresce. O ano de 2022 é visto como um ano promissor para o mercado das criptomoedas, que representou mais de US$ 900 bilhões em 2021, por causa do aumento da demanda originado por investidores que procuram alternativas aos mercados tradicionais.
Contudo, alguns investidores estão reticentes com a performance ao longo do ano pelo respeito que se tem assistido em relação às resistências identificadas na Retração de Fibonacci e também pelos fatores externos que podem influenciar a performance destas moedas ao longo deste ano, como a imposição de nova legislação (até agora inexistente na maioria dos países).