Maior nome do rap nacional na atualidade, Xamã estará no The Noite desta quarta-feira, 01 de junho. A respeito de seu nome artístico, explica: “sou do circuito de batalhas do Rio de Janeiro e você sempre coloca um nickname. Se eles souberem alguma coisa da sua vida pessoal, vão falar disso na batalha. Quando você cria um personagem, lúdico, não tem família, nada”. Sobre o sucesso, afirma: “a primeira grana que eu ganhei com música foi uma coisa muito da hora, porque você faz uma coisa que você não faz olhando para o relógio e sim porque você gosta”. O cantor agita a todos com ‘Malvadão 3’ e ‘Dublê de Marido’.
Falando de sua viagem a Las Vegas, comenta: “fizemos um clipe. A loucura foi porque a gente não ia gravar essa música. Eu encontrei um amigo meu, diretor. A gente ia tomar um café e ele falou ‘vamos gravar um clipe, você tem uma música?’. Eu falei ‘tenho’, mas blefei, não tinha música nenhuma e tive que olhar nos arquivos e tinha essa ‘Malvadão’”. Falando do sucesso do hit nas redes, diz: “o rap é muito de cenas urbanas, coisas do dia a dia. A forma como a gente escreve a galera vai acabar dançando por instinto. Eu não tinha nem conta no TikTok, depois dessa música é que comecei a explorar esse lado”.
Recordando os outros empregos que já teve, conta: “trabalhei de garçom, vendedor de loja, vendedor de amendoim e drops, entregador de panfleto. O que me deixava feliz é que eu estava rimando e fazia uma brincadeira. Tinha vergonha de chegar para oferecer (amendoins). Era uma forma de encantar a pessoa. Você oferece o produto e ela não quer, então começava a rimar”.
Danilo questiona o menor público que ele já teve, ao que Xamã responde: “teve um show que eu fiz para três pessoas…. Os caras eram muito fãs, pagaram ingresso, arrumaram problema com os seguranças, quebraram cadeira. Depois foram no camarim e nos falaram ‘não desiste, não’. Depois disso já fiz show para muito mais gente que não estava tão animado quanto para essas três pessoas”. Sobre seu processo de composição, revela: “já fiz música em um ônibus, em banheiro de rodoviária. Melhor lugar do mundo para escrever uma música é na janela de um ônibus”.
O convidado fala ainda do sucesso da faixa ‘Luxúria’ e a que o atribui: “acho que é o pecado preferido das pessoas e por causa da estética do rap. Trap estava em um momento de ascensão”. Falando de seu trabalho no álbum Zodíaco, conta: “não tinha muita coisa para fazer durante a pandemia. Quando tive a ideia de fazer o álbum, me reuni com uma astróloga, peguei umas informações e vi o quanto aquilo ia de acordo com o que eu era. Tive que estudar e acreditar. O ‘Zodíaco’ é um álbum que fala de quando você olha para o céu e busca algumas explicações”.
O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, a partir de 00h30.
*todos os participantes do programa foram testados antes da participação e liberados após resultado negativo para a Covid-19.