Divulgação Lourival Ribeiro/SBTGabriela Saadi, atriz por trás da vilã Violeta, em ”Poliana Moça”, se pronuncia no ”PoliCast” desta terça-feira (28) sobre o momento árduo nas primeiras atuações com a personagem e da dificuldade emocional e pessoal que teve que encarar. Ela comenta também para os apresentadores Nicholas Torres e Ana Zimerman, a relação com elenco e suas suposições como telespectadora no enredo, provocando curiosidade perante os próximos capítulos. O podcast vai ao ar logo após a exibição da trama na TV, às 21h30 no canal da novela do YouTube, Spotify, Deezer e Amazon Music.
Em “Poliana Moça”, Gabriela dá vida à Violeta, filha de Antônio [Jitman Vibranovski], mas ao contrário dele, homem honesto, é uma criminosa, foragida da polícia, mau-caráter e gananciosa. Não se arrepende de nenhum de seus pecados. Usa a formação acadêmica custeada com tanto esforço pelo pai, para o mal e não sente o menor remorso por isso. Porém, viver tanto tempo num buraco com Waldisney [Pedro Lemos], Pinóquio [João Pedro Delfino] e Roger [Otávio Martins] faz com que ela repense a vida. Nos últimos capítulos, ela teve momentos saudosos e vontade de se reconciliar com o pai, mas sempre com a dúvida na cabeça, achando que o crime ainda compensa.
Gabi cresceu nos palcos dos teatros e seu primeiro trabalho na televisão foi na novela “As Aventuras de Poliana”, tendo sua primeira aparição apenas no capítulo 457, permanecendo até o 564, último capítulo da trama. A personagem continua na segunda temporada em “Poliana Moça”, mesmo com muito prestígio reconhecido dos fãs, a atriz desabafa que o início de sua trajetória na obra não foi nada fácil.
“Foi um desafio muito grande para mim, eu comecei na televisão, eu estreei em ‘As Aventuras de Poliana’, eu nunca tinha feito TV, eu vinha do teatro desde muito novinhas, mas na televisão foi a primeira vez. Foi um desafio muito pessoal. Em relação a recepção do público, eu não tenho nem o que falar, eu fui muito bem recebida na internet. […] Aqui no SBT eu fui muito bem recebida, pelo público eu fui muito bem recebida, eu me senti em casa”, expõe a convidada.
“Foi muito difícil porque eu nunca tinha me visto nesse lugar, além de atriz, eu sou preparadora de elenco, eu tinha muitos alunos, e eu fazia um trabalho que me dava um retorno muito positivo desses alunos, então, ‘esses meus alunos iam me ver trabalhando para valer na TV? ’. Não foi uma cobrança absurda, mas foi desafiador”, pontua.
A intérprete da vilã qualifica Violeta como “determinada”, “organizada” e “corajosa”, porém define os defeitos como “mentirosa, interesseira e irresponsável, entre outras coisas”. Porém, por mais que ela consiga classificar a personagem atualmente, ela revela que Violeta chegou muito misteriosa e isso embaraçou sua cabeça, tornando o papel uma instigação.
“Quando eu e o Ariel, quem preparou a gente na outra novela, fomos sentar para discutir a Violeta, a gente não sabia quem ela era. O que eu podia era não sentir, então, se a Violeta ficasse feliz ela não podia demonstrar, se ela ficasse triste ela não podia demonstrar, se ela ficasse animada ela não podia demonstrar e tudo que ela não sentia era o que ela tinha que demonstrar, porque ela era uma máscara o tempo inteiro”, conta a atriz.
“Eu lembro que eu entrava no estúdio, a parte mais difícil, além da construção, era ‘quem era a Violeta?’. Eu chorei muito por causa disso, eu fiquei noites sem dormir, eu ia dormir muito tarde, porque sabia que daqui uma semana eu ia gravar minha primeira cena, e eu ainda não me sentia a Violeta. Eu fui me sentir Violeta quando encontrei o Jitman, que é o pai Antônio”, diz.
Gabriela passou por momentos de pressão no passado, mas isso não interferiu em criar características marcantes à malvada da novela, e criar boas relações com elenco. Por conta do enredo e por representar uma mulher fugitiva em “Poliana Moça”, sua personagem vive praticamente em um esconderijo com Waldisney, Pinóquio e Roger. Saadi tem dois filhos e os atores enfatizam e a consideram como uma mãe dentro dos estúdios, ela fala um pouco sobre essa relação:
“Eu fui mãe muito nova, eu fui mãe com 19 anos de idade, meu filho nasceu e eu fiz 20. Quando a gente tem a oportunidade de ser mãe, sendo gerado na barriga, sendo gerado no coração primeiro e você adotando, que é a mesma coisa – tem gente que tem pet e é um amor incondicional também – não importa de quem você é mãe ou de quem você é pai, mas quando a gente se torna mãe, a gente passa a olhar para o outro com um olhar sem interesse, a gente quer cuidar. […] Eu tenho um amor pelo Pedro, pelo Otávio e pelo JP que é genuíno, e o que eles precisarem de mim dentro do set, fora do set, eles poderão contar”.
A entrevistada mostra sua opinião como telespectadora e conta sobre a relação afetuosa entre Violeta e Nanci [Rafaela Ferreira]; a ligação com o pai, Antônio; além de deixar uma ideia instigante sobre o personagem de Lucas Burgatti, o Éric: “Eu gostaria de contracenar com a galera da escola. Com os meninos, com o Éric. Talvez a Violeta e o Éric, porque ele tem uma coisa… E ele não tem família que aparece aí. Já pensou a Violeta e o Waldisney tem alguma coisa ali? Iria ser legal”.
O podcast “Policast” vai ao ar toda terça e quinta, logo após a exibição da novela, no canal de Poliana Moça no YouTube e nas plataformas de áudio