Divulgação Lourival Ribeiro/SBTAmin Khader é o convidado de Danilo Gentili nesta quinta, 07 de julho. Ele, que foi um dos promoters mais concorridos do Brasil, sabe tudo do mundo dos famosos e fala sobre polêmicas e momentos de sua trajetória no ramo do entretenimento. O entrevistado já começa declarando: “eu não levanto a bandeira gay. Hoje é muito fácil ser um ‘viadinho’. Eu quero – como eu, que vim da zona norte do Rio de Janeiro – quero ver, quando era viado, gay, 40 anos atrás. Hoje é muito fácil. Eu não levanto a bandeira. Nem eu, nem o Ney Matogrosso. Tenho 65 anos de idade, o Ney tem 80 anos, vai levantar bandeira pra quê? Mas, eu nunca vou deixar de ser gay”.
Sobre seus últimos trabalhos, afirma: “fiquei 18 anos na Record. Todo mundo pensa ‘ai, tá rico’. Não, eu era PJ (pessoa jurídica), usava a firma do David Brazil, David Brazil Produções Artísticas. Dois anos para cá que eu virei CLT, carteira assinada”. Ele conta detalhes do quadro ‘B.O.F.E. de Elite’: “os tapas do Alexandre Frota eram verdadeiros. Me doía. Eu pedia para não bater, tinha feito até um implante. Eu gritava de dor”. E fala sobre outro incidente: “fazia ‘A Hora do Venenoso’ e o apresentador chutou a minha cadeira. Recentemente, agora. Gritei um palavrão no ar, mas foi de dor. Não me faço de vítima, não fui no R.H., não fui na direção falar que o apresentador chutou. Que eu sei que ele chutou sem graça, sem motivo, sem agressão…. Não me faço de vítima e não vou fazer”.
Danilo pergunta se Amin já ficou com mulheres e ele responde: “Já saí. Quando tinha 18, 19 anos, muçulmano, morando no Lins de Vasconcelos, não decepcionei meus pais. Meus pais morreram sem saber que eu era gay. Meu pai me batia muito, minha família – é triste dizer isso – mas é homofóbica. Até hoje são. Era uma vida difícil”. Falando de seu ofício, avalia: “as fofocas têm que ser saudáveis, com alegria. Não posso ser agressivo nas fofocas. Por que eu nunca fui processado? Porque eu checo a fofoca. Não revelo as minhas fontes”.
Contando detalhes da época que trabalhou para Gal Costa, diz qual foi a coisa mais doida que já fez: “parar o avião para ela chegar a tempo (de embarcar). Fiz ‘pelo amor de Deus’, me ajoelhei. Era o único voo para Goiânia. O comandante veio, seríssimo e falou ‘eu tenho 148 passageiros me aguardando’ e eu falei ‘eu tenho 15 mil pagantes aguardando’. Ele falou ‘você foi inteligente na sua resposta, te dou quatro minutos’. (Depois) Na frente do artista, tudo muda. O comandante falou ‘Gal, por você eu esperaria a eternidade’”. Em outro momento, ressalta: “os gays não me abraçam muito porque acham que ‘é vovô’, uma ‘bicha velha, acabada’. Tem isso”.
O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, a partir das 00h45.