“DESAMOR”, de Walcyr Carrasco, chega ao Rio de Janeiro, pela primeira vez

Diário Carioca

Em cartaz desde 2012 e pela primeira vez no Rio de Janeiro, “DESAMOR”, de Walcyr Carrasso, tem texto escrito especialmente para Dionisio Neto, com quem ele já trabalhou em diversos espetáculos teatrais (Seios, Jonas e a Baleia) e nas novelas “Morde e Assopra” e “A dona do pedaço”(Rede Globo) .

“DESAMOR” apresenta uma nova fase do autor Walcyr Carrasco, que adentra na sombra do imaginário de seus personagens, fazendo com que eles exponham tabus sociais longe de todos os maniqueísmos. Apenas o humano em estado bruto, cru, expondo suas idiossincrasias, em escrita contemporânea seca, visceral e poética.

A peça se passa em um boteco sujo de um bairro popular, onde o taxista e ex-michê machista e misógino (Dionisio Neto) tenta entender a atitude de um dos seus passageiros e repensa sua vida a partir dela. Durante o tempo em que passa ali, ele é atendido por uma garçonete (Jade Diniz).

Em meio a cervejas e pastéis frios, ele trava um diálogo solitário com a lembrança deste homem nobre que, através de um gesto de generosidade, o faz repensar toda sua trajetória de vida e levá‐lo à redenção de seus valores morais e éticos.

Sua sofrida história, o filho que rejeita e que quer estudar violino, a mãe de seu filho renegada, e sua filosofia barata de mundo são postos em xeque em um texto realista com tom contemporâneo entre drama e humor, carregado de poesia e emoção sobre a solidão e o amor.

A direção de Lucia Segall apresenta uma montagem realista que privilegia a direção de ator e a construção detalhista das personagens. Utilizando de recursos cênicos mínimos em contraposição com o barroquismo poético, seco e cortante da dramaturgia de Walcyr Carrasco, o espetáculo integra a “Série minimalista” da Companhia Satélite do Amor, onde há a utilização de poucos recursos cênicos e máximos recursos de atuação.

Além disso, os figurinos também são realistas, inspirados em vestimentas de habitantes do bairro paulistano do Brás. Já a trilha sonora, é composta por música erudita como Bach e Schubert, e popular, enquanto a cenografia, de  David Schumaker, ambienta o boteco um recorte ao mesmo tempo real e minimalista.

SERVIÇO:

“DESAMOR”

9 e 10 de agosto – terça e quarta – 20h

Ingressos pela Sympla

TEATRO CÂNDIDO MENDES (Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema )

Classificação indicativa: 18 anos

Duração: 40 minutos

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