Na última sexta-feira, 22/07, o Movimento Candelária Nunca mais realizou uma ação em homenagem as vítimas da chacina da candelária. Uma tragédia ocorrida na madrugada de 23 de julho de 1993, onde oito meninos de rua, que dormiam em frente à Igreja da Candelária, foram mortos a tiros pela polícia militar.
O movimento contou com a presença de diversos familiares das vítimas. Uma missa foi celebrada em sua homenagem e teve a participação de Valdinei Martins e Frei Eduardo Ferreira, Coordenador de Abordagem e Diretor da São Martinho respectivamente.
Além disso, diversas entidades e instituições sociais participaram do movimento. A São Martinho e sua equipe marcou presença. Jovens destas instituições realizaram atividades e homenagens em frente à igreja, em ato que percorreu toda a manhã.
A advogada do CEDECA Dom Luciano Mendes, Loara Oliveira, conta que mesmo passado 29 anos desta tragédia, a sociedade precisa rememorá-la para que novos casos não voltem a acontecer.
“A gente tem observado várias chacinas. A estratégia de combate à criminalidade na verdade é uma necropolítica, porque sempre há a morte de pessoas cujos corpos sempre são negros e periféricos. A sociedade precisa se unir e não naturalizar esse tipo de acontecimento, porque se não isso nunca irá acabar.”
O Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Dom Luciano Mendes atua na defesa e garantia dos direitos, previstos por lei, da criança e do adolescente mais necessitados e que vivem em situação de vulnerabilidade social.