Rock in Rio Humanorama tem rodas de conversa em prol de um mundo melhor

Diário Carioca

O Rock in Rio Humanorama segue a todo o vapor com diálogos e debates enriquecedores na programação. Neste sábado o público que acompanhou a experiência no Learning Village participou de painéis como “Da sala de aula para a escola da vida” e “Recalculando a Rota – nunca é tarde para mudar de direção” que trouxeram diversas reflexões sobre a vida de um modo geral. Aqueles que acessaram o site do evento, assistiram conversas que contaram com a participação de Criolo, Ana Paula Araújo, Manoel Soares, Murilo Salviano, e diversos outros. Amanhã, último dia do festival de conversas, o Humanorama promove bate-papos com AD Junior, Rivkah, Martha Gabriel, Pequena Lo, Ella Fernandes, entre outros nomes.

Nos painéis online, Ana Paula Araújo começou o dia falando sobre diversidade cultural com Kemla Batista, David Erlich e José Neto. “O olhar de que a informação que vem dos povos indígenas, ou população africana que veio para o Brasil é desimportante e não tem valor, pesa no ato da formação docente”, disse Kemla. Já Leo Jaime, Ana Suy e Milly Lacombe falaram sobre amor. “A gente tem em mente diante da finitude que temos que procurar a graça de viver. E a graça é leve. A leveza, a graça da vida, é alegria e encontramos isso no amor”, disse Leo.

Em um papo cheio de afeto, Criolo e sua mãe, falaram sobre educação como um ato de amor. Para Dra. Maria Vilani, o conhecimento é essencial, “Eu acredito que construir conhecimento é como respirar. Enquanto há vida, há construção de conhecimento. Estamos em constante construção e o que constrói o ser são os encontros. Em nós está sempre faltando um tijolinho. Temos que ter especialização, mas temos que ter uma amplidão. Educar é um ato de amor, é um ato revolucionário, educar é viver e respirar. É vida, é luz”, contou ela. Para complementar, Criolo afirmou que “Educar é o encontro. Só acontece se tem o outro. De certa forma, o outro também nos educa”. Na conversa entre Manoel Soares, Midria Pereira e Tamara Klink, duas jovens e um pai, os espectadores puderam desvendar as maravilhas e desafios da busca de novos caminhos na aprendizagem e no ensino, uma relação humana de duas vias.

Na última conversa online do dia, Daniel Aisenberg, Joana Garoupa, Jean Rosier e Larissa Rodrigues discutiram sobre as situações que nos deixam estressados e consomem o nosso tempo no ambiente de trabalho e parecem inevitáveis, mas que podem ser contornadas, ou, pelo menos, minimizadas. Joana diz que acha muito fácil falar, como se não fizéssemos, todos, parte de uma cultura tóxica corporativa, “Às vezes, nós nem percebemos, mas fazemos parte dessa cultura tóxica. (…) Foi uma das coisas mais importantes: perceber que para combater a cultura tóxica, eu tenho que perceber a influência que tenho à minha volta. Porque eu posso ser, sem me dar conta, um dos ingredientes para que a cultura se mantenha tóxica. Portanto, acho que a primeira coisa que se deve fazer é ter essa consciência”, disse ela.

Dentro do Learning Village, em São Paulo, em formato presencial, Verônica Oliveira, Deca Farroco, Laura Vicente e Clarice Linhares deram início ao dia falando sobre educação no painel “Da sala de aula para escola da vida”. A proposta do painel compartilhar conhecimento sobre o que o mercado e o mundo valorizam hoje em dia. O Movimento LED – Luz na Educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho, convidou o público presente a ampliar a reflexão sobre os benefícios de adotar uma atitude empreendedora para a vida e como nunca é tarde para um novo aprendizado. Verônica, do @faxinaboa, afirma “Não tem esse rolê de que todo mundo tem a mesma oportunidade. As pessoas têm realidades diferentes. A gente precisa muito ter consciência de classe”. Em seguida, a conversa com Marta Leite Castro, Daniele da Mata e Demetrio Teodorov, com o tema “Recalculando a rota – Nunca é tarde para mudar de direção” trouxe perspectivas e histórias distintas, compartilhando o que foi aprendido e como a mudança pode ajudar outras pessoas a encontrarem novos caminhos.

No início da tarde, Ernesto Paglia, Gustavo Cerbasi, Tamara Braga e Djalma Scartezini conversaram sobre como incluir Capitalismo, Sustentabilidade e ESG na mesma frase, dando dicas para transformar algo que parece ser tão utópico em uma realidade. Após o almoço, a conversa entre Helena Singer, Vitor Del Rey, Edgard Gouveia e Monica Pinhanez, sobre “Transformar a educação para transformar o mundo”, trouxe novas reflexões sobre o caminho de uma educação mais justa e condizente com a aprendizagem das pessoas do novo século e seus desafios. Vitor Del Rey compartilhou uma situação vivida na Universidade “Quando eu conversava com meus amigos, eles falavam sobre as experiências de escola que eles tinham. Parecia coisa de outra realidade uma aula em roda, por exemplo, uma conversa sobre temas fora do tradicional”. Em seguida, a conversa “Como manter a cultura empreendedora em grandes empresas”, trouxe Graziela Moreno, Reynaldo Gama, Alvaro Machado e Caroline Tamassia, para discutir como colocar a iniciativa em prática, com CEOs de grandes empresas compartilhando suas vivências pessoais e corporativas. Reynaldo Gama, CEO da HSM, afirma “Esse sangue novo que chega nas organizações com vontade de propor ideias é o que faz mudar”.

A conversa sobre “Detox digital: transformando disputa de narrativas em diálogos” iniciou de uma forma diferente com uma dinâmica silenciosa entre todos os presentes, permitindo assim a integração entre os participantes. Luiz Telles, Andre Castilho, Marília Telles e Iza Lotito debateram sobre como diminuir a tensão da overdose de informações que se acumulam em nosso cotidiano. Sob diferentes pontos de vista sobre o excesso de estímulos a que estamos expostos diariamente, a conversa girou em torno de como exercitar uma curadoria de fontes de informação e como evitar entrar em discussões que nos distanciam da capacidade de diálogo.

Nos laboratórios, oficinas, jogos e workshops, as dicas para carreira, empreendedorismo e diversidade dominaram o Learning Village. Na última conversa do dia, “Diálogos Possíveis em um mundo de (in)tolerância”, com Vânia Bueno, Ana Paula Navarro, Lourdes Alves de Souza e Noah Scheffel compartilharam suas impressões e pensamentos sobre como a falta de escuta e a comunicação descuidada alimenta preconceitos e produz uma convivência tóxica e como é possível transformar esta cultura de conflito, o que cada um pode fazer para que a vida seja mais leve e harmoniosa? A resposta é o diálogo. O painel trouxe uma conversa sobre o que significa dialogar e como podemos ter essa prática essencial no dia a dia. Ao final de uma tarde imersa em conteúdos enriquecedores, integração mente-corpo e até Oficina de Aquarela, o público curtiu o Happy Hour interativo com a performance musical de drag queens e dançarinos,  além do DJ Deeplick.  

Amanhã, para o último dia de evento, Noemia Oliveira e Pequena Lo estarão em uma conversa online sobre como o riso pode ser cura em momentos tão difíceis. No presencial, um dos destaques é o painel formado por Agatha Arêas, Rivkah e AD Junior, que leva o nome “Olhando o mundo pelas lentes de quatro gerações”.

Pelo segundo ano consecutivo, o Rock in Rio Humanorama será transmitido através da tm1 Live Streaming, premiada plataforma de streaming de eventos que oferece uma série de recursos customizados, como salas de transmissão simultâneas, área de workshops, facilidade de acesso aos conteúdos e ferramentas de acessibilidade e interação entre os usuários.


Sobre o Rock in Rio Humanorama 

O Rock in Rio é tanto uma plataforma de comunicação quanto um veículo de emoções e causas. Temos o compromisso de ajudar a construir um mundo melhor, não apenas por meio da música e do entretenimento, mas também por causas sociais e ambientais. 

Rock in Rio Humanorama é a lente que traz a visão e os valores do festival para a conversa que acontece além das fronteiras da Cidade do Rock. 

Um projeto da Unidade de Aprendizagem do Rock in Rio, tentamos ajudar as pessoas a verem seu papel no mundo de uma forma diferente: com a atitude Rock in Rio. 

Ao convidar nosso público a refletir sobre questões urgentes em nossa sociedade, gerando conversas e movimentos, também os conectamos com o espírito do tempo.

Sobre o Rock in Rio

O Rock in Rio foi criado para dar voz a uma geração e promover experiências únicas e inovadoras. Em 1985, o evento foi responsável por colocar o Brasil na rota de shows internacionais. Batendo recordes de público a cada edição e gerando impactos positivos nos países onde é realizado, se consagrou como o maior festival de música e entretenimento do mundo. Consciente do poder disseminador da marca, hoje o Rock in Rio pauta-se por ser um evento com o propósito de construir um mundo melhor para pessoas mais felizes, confiantes e empáticas num planeta mais saudável.

A internacionalização da marca começou por Portugal, Lisboa, em 2004, onde o evento acontece até hoje, seguido por Espanha (Madri) e pelos Estados Unidos (Las Vegas). No Rock in Rio, os números não param de crescer. Pelas Cidades do Rock já passaram mais de 10 milhões de visitantes nestas 21 edições. Em 37 anos, o festival ganhou o mundo e tornou-se um verdadeiro parque de experiências, mas muito além disso, cresceu e ampliou a sua atuação, sempre com o olhar no futuro.

Adotando e incentivando práticas que apoiam o coletivo, o Rock in Rio preza pela construção de um mundo melhor e se une a empresas que possuem este mesmo olhar e diretriz. Em 2013, foi reconhecido por seu poder realizador ao receber a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis. Desde a primeira edição, já gerou 237 mil empregos diretos e indiretos e investiu, junto com seus parceiros, mais de R$ 110 milhões em diferentes projetos, passando por temas como sustentabilidade, educação, música, florestas, entre outros

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca