A Prefeitura do Rio de Janeiro terá de dar explicações à Câmara Municipal sobre a implementação do projeto Educação para Todes, um curso de reforço escolar exclusivo para o público LGBT, com bolsa-auxílio mensal de R$ 600 para os alunos.
A alegação do vereador Chagas Bola (União) para questionar o bom projeto da Prefeitura é de que faltam estagiários para acompanhar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na rede pública de ensino.
Além de bolsa-auxílio mensal, os alunos “trans, travestis, não-binaries (sic) e transmasculines” recebem material didático, lanche e vale-transporte, segundo a Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, que programou o início das aulas para esse mês de agosto. O objetivo é dar acesso ao ensino fundamental com certificado de conclusão a trans e travestis.
Para o vereador Chagas Bola, é inaceitável a prefeitura discriminar estudantes, favorecendo grupos enquanto alunos autistas têm o aprendizado dificultado por conta da falta de estagiários que acompanham os estudantes durante as aulas.
Chagas Bola, que com sua postura de não cobrar igualdade, mas sim prioridade, caindo em discriminação com a população LGBTQIA+, também criticou o uso da linguagem neutra em banners para promover o curso LGBT. “As crianças autistas estão sem o acompanhamento adequado enquanto a prefeitura gasta dinheiro até para empobrecer o português. Em qual dicionário existe a palavra todes? É uma aberração linguística”, afirma o vereador Chagas Bola.
Em entrevista à Revista Oeste, a professora de língua portuguesa Cíntia Chagas disse que a linguagem neutra discrimina pessoas ao excluir 43 milhões de disléxicos no Brasil, impondo mais uma barreira a um público que já sofre com dificuldades de aprendizagem