Divulgação Globo/Cesar Alves Protagonista de boa parte da trilha de ação da segunda temporada, Romulo Estrela fez laboratório na Marinha para conhecer de perto a vida dos mergulhadores de combate para viver o comandante Ramiro. “Fiquei três semanas imerso no universo deles, num complexo naval, vivendo o dia a dia. É um personagem muito específico, precisava viver da forma mais real que eu pudesse. Foi muito bom ter essa aproximação com eles. É um personagem completamente diferente do que eu já fiz”, conta ele.
Se Ramiro e Dante (Cauã Reymond) vão dividir o coração de Júlia (Maria Casadevall), Olívia (Mariana Ximenes) entra na outra ponta desse enredo, tumultuando as atenções do petroleiro e, com isso, causando confusão no caminho da gerente de plataforma. “Olívia é uma psiquiatra, com história de vida complicada, que guarda uma amargura em sua alma. E as cicatrizes pelo corpo. Ela é objetiva, reservada, observadora”, revela Mariana Ximenes.
Irmão de Júlia e noivo de Olívia, Diogo (Eriberto Leão) não aceita perder o posto no coração da psiquiatra para Dante. Presidente da Federativa, a estatal de petróleo da história, ele não mede esforços para conseguir o que quer, seja pessoal ou profissionalmente. “Ele é ambicioso e disciplinado e vê em Dante uma pedra no seu caminho. É um homem diplomático e astuto, que usa o poder e a inteligência que carrega para atingir o que almeja”, define Eriberto Leão.
Fora do núcleo petroleiro, a segunda temporada tem ainda outros dois antagonistas. Bruno (Klebber Toledo), que está preso pelo sequestro da plataforma, tenta viver uma vida regenerada, com pregações religiosas e amparo a outros presidiários, mas, quando tem seus objetivos contrariados, volta a assumir riscos para ter o que quer. O maior dos riscos, Bruno assumirá ao lado de Playboy (Erom Cordeiro), um criminoso impiedoso a quem conhece na prisão e que será responsável por sequestros, perseguições e um acerto de contas com o passado.
ENTREVISTA COM ERIBERTO LEÃO
Fale um pouco sobre o Diogo. Qual foi seu maior desafio como ator nessa produção?
Eu tive que aprender uma luta chamada kali silat, que é uma luta das Filipinas e que trabalha com dois bastões. É a maior arte marcial de duas espadas, bem diferente. Então, esse foi um dos meus maiores desafios, com certeza. Nunca tinha feito e tem uma cena bem bacana que ele está treinando kali silat com muita maestria. Fiquei muito feliz com o resultado e agradeço a todos os mestres que estiveram comigo, que me iniciaram nessa arte que é milenar e pouco conhecida, mas muito importante na história da humanidade.
Leva algum aprendizado depois de interpretar o Diogo?
O Diogo é um homem muito ambicioso com um ego gigante e é um predador. Ele está interessado em ter lucro. É o presidente da petrolífera e quer vendê-la para os chineses. Está interessado só em lucro, não se importa com o sindicato, mesmo o avô dele, personagem do Osmar Prado (João Bravo), sendo o presidente, e a irmã (Júlia, interpretada por Maria Casadevall) também alinhada com o avô, ele vai contra todas essas questões sindicalistas, de cuidado com os empregados. O caráter dele é bem questionável. São essas várias características que eu quero estar longe (risos).
O que o público da TV Globo pode esperar da segunda temporada da série? Qual a sua expectativa para a estreia na TV aberta?
Pode esperar uma grande série, com cenas incríveis, uma direção maravilhosa, um elenco que mandou muito bem. A gente foi muito feliz fazendo e realmente é uma série muito singular, única. É imperdível! Eu tenho certeza que vai ser um grande sucesso.
Lembra de alguma curiosidade dos bastidores? Alguma cena que tenha gostado muito de fazer?
Eu gostava muito de gravar na presidência da petrolífera que é um prédio gigante, todo espelhado, com toda a vista daquela área dos portos, aqui no Rio de Janeiro. Tem até uma plataforma de petróleo desativada ali perto. Ali eu me sentia meio que no filme “Advogado do Diabo”, no topo do mundo, todo poder, todo dinheiro, o Diogo é muito rico e, ao mesmo tempo, vive uma grande solidão. Ele é um predador, como eu já havia dito antes. E uma curiosidade é que eu fiz muitas cenas em jejum, exatamente para ter essa percepção, porque o predador quando caça está com fome, então ele tem o olhar diferente, uma percepção diferente, mais aguçada, e o Diogo é assim o tempo inteiro. E também, não posso esquecer, das cenas na plataforma de petróleo que foi uma cidade cenográfica construída nos Estúdios Globo, gigantesca, em tamanho real, e ali a gente fez muitas cenas de ação.
Você concluiu recentemente um lindo trabalho como Leônidas, de ‘Além da Ilusão’. Qual balanço que faz do trabalho? Tem novidades sobre projetos futuros?
Não poderia ter sido melhor. ‘Além da Ilusão’ foi uma novela que caiu no gosto do público, da crítica. Foi um grande sucesso. Fiz duplas com Antonio Calloni e com a Paloma Duarte, então eu tive a felicidade e a bem-aventurança de estar ao lado desses dois grandes atores. A gente fez cenas que eu nunca esquecerei: cenas muito belas, fortes e intensas, com texto e direção incríveis. O balanço é o melhor possível. Estou muito feliz! E no meu futuro próximo, tenho dois filmes que estão sendo lançados agora: “Maior que o mundo” e “O Assalto na Paulista”, e estreia “O Astronauta” nesta semana, no Rio.
Criada por Max Mallmann e Adriana Lunardi, ‘Ilha de Ferro’ é escrita por Nilton Braga, Mariana Torres, Rodrigo Salomão, David Rauh e Anna Lee, e tem redação final de Mauro Wilson. A série é dirigida por Afonso Poyart, Roberta Richard e Rafael Miranda, com direção artística de Afonso Poyart. No elenco também estão, Osmar Prado, Helena Albergaria, Jefferson Brasil, Bruce Gomlevsky, Chris Couto, Renan Monteiro, Marcello Ferreira, Gery, Toia Ferraz, Kizi Vaz, Jonathan Azevedo, Neco Vilas Boas, Júlio Rocha, Douglas Rosa, Giovanni Gallo, Cláudio Gabriel, Augusto Madeira, Cadu Favero, Bernardo Schlegel, José Rubens Chachá, entre outros.