Divulgação Lourival Ribeiro/SBTNesta segunda (29), o The Noite recebe um técnico de futebol que já foi comentarista de TV e é lembrado como um dos jogadores mais elegantes do futebol brasileiro. Paulo Roberto Falcão comenta sua fama e afirma: “acho que elegância não é só a roupa. A roupa é um complemento. Tem que ter elegância no falar, na educação”. Falando de sua geração de jogadores e se os considera superiores em relação aos atuais, avalia: “era uma geração muito interessante. Os grandes jogadores da nossa época jogariam hoje e os grandes de hoje jogariam naquela época. Acho que sim. Evidente que lá atrás tinha-se, no mínimo, três grandes jogadores em cada clube. Hoje você acha três em um universo maior”.
Danilo Gentili pergunta se ele se considera o maior herói do Internacional, já que venceu 5 estaduais e 3 Brasileirões pelo clube, e Falcão responde: “acho que não. Tem tantos grandes jogadores. Fui importante na história do Internacional, evidentemente. Sempre entrei no campo para ser o melhor. Mas ser o melhor não jogando para mim, jogando para o coletivo. Meu objetivo era fazer quem estava do meu lado jogar mais, crescer”.
O convidado também recorda sua atuação na A.S. Roma e comenta o fato de que o Papa João Paulo II teria pedido para a diretoria do time nunca vendê-lo. “Essa história eu fui saber muito tempo depois. O Giulio Andreotti que contou essa história no rádio. Quando eles foram visitar o Papa ele perguntou ‘escuta, e o Paulo, ele vai ficar?’. Ele (Giulio) ligou para a minha mãe, porque, como ela era muito católica, achava que ela me convenceria para que eu ficasse. Não acreditei muito nessa história, mas, de qualquer maneira, o Papa tinha outras coisas mais importantes para fazer”.
Falando do encerramento de sua carreira no São Paulo, ao invés do Inter, revela se teve algum motivo específico: “só aconteceu. Estava na Roma, saí, vim para cá e meu objetivo era jogar no São Paulo. Era setembro de 85. Depois vinha a convocação para a Seleção e, de repente, voltar para a Europa. Acabei desistindo no meio do caminho e depois da Copa parei de jogar. Tive, no São Paulo, um grande momento para mim. No jogo contra o Santos, que fui para o banco de reservas, quando atravessei o campo, os torcedores do São Paulo levantaram e aplaudiram. Foi uma manifestação que me marcou até hoje, foi muito bonito”.
Ainda nesta segunda, o apresentador conversa com James LaBrie, o vocalista da banda de metal progressivo mais bem-sucedida das últimas décadas, o Dream Theater. Ele fala sobre os shows que fará em São Paulo e no Rock in Rio, que são parte da “Top Of The World Tour”, além de comentar outros detalhes de sua trajetória e da vinda ao país.
O The Noite é apresentado por Danilo Gentili e vai ao ar de segunda a sexta-feira, no SBT. Hoje, 00h45.