Calçado à base de cana-de-açúcar, espumas recicladas e redução de resíduos

Diário Carioca
Divulgação Usaflex Linha Reconforto da Usaflex

Preocupada com o meio ambiente e comprometida em cuidar do amanhã, a Usaflex acaba de lançar um produto que abraça a sustentabilidade, tem menos componentes na sua composição e exige 40% menos insumo. Lançada em março deste ano, a linha Reconforto passou recentemente por uma reformulação para ter o menor volume possível de componentes. “Por exemplo, no atual modelo disponível da linha, utilizamos basicamente seis componentes, enquanto num tênis similar tradicional seriam necessários praticamente o dobro. Assim, costumamos dizer que para construí-lo, utilizamos, no mínimo, 40% menos insumos”, explica Alexandre Matte Junior, gerente de Inovação da Usaflex que também destaca que a pegada de carbono é menor em comparação com outros produtos existentes no mercado.

palmilha em EVA verde é renovável, uma vez que é produzida a partir da cana-de-açúcar. Em termos de palmilhas, “privilegiamos opções em que não necessitássemos de forrações para reduzir a necessidade de processos e também a redução na geração de resíduos. Usamos menos materiais na construção de calçados igualmente confortáveis”, diz.

Já o cabedal que recobre os pés, toda aquela parte que está acima do solado, é produzido em não-tecido 100% poliamida. “Optamos por materiais de cabedal que permitissem conforto, segurança ao caminhar e que possibilitassem a não-utilização de tecidos internos, espumas, panos e reforços. A nossa microfibra de poliamida é produzida integralmente com químicos de base água e, além disso, esses afluentes são isentos de substâncias restritas e 100% tratados antes de voltarem para o meio ambiente”, complementa. O solado em EVA, é confeccionado com 19,67% de EVAs reciclados, 4,98% de pó de borracha de pneus descartados e 10,89% rejeito de EVA moído.  

Alexandre Junior explica que internamente, não houve investimento já que aproveitaram a rede de inovação e articulação junto à cadeia de fornecimento para busca de materiais alternativos e que contassem com menor impacto ambiental. “Estamos muito otimistas, sabemos que essas mudanças trazem retorno imediato, já estamos utilizando menos recursos como energia elétrica, água, além de gerar menos resíduos têxteis de forrações, uma vez que os processos e conceitos adotados evitam a necessidade de utilizá-los”. Sobre expandir a linha que hoje conta com três modelos, ele é categórico ao afirmar que em breve essa tecnologia estará presente em mais calçados da marca que busca sempre novas possibilidades de uso de insumos reciclados, inclusive contando com redução de processos de tingimento para cabedais, por exemplo

Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca