“Quem não se comunica se trumbica.” “Eu vim para confundir, e não para explicar”. Bordões que ficaram famosos com o apresentador Chacrinha, codinome de José Abelardo Barbosa. Nascido em 30 de setembro de 1917, em Surubim, Pernambuco, o Velho Guerreiro foi estudante de medicina, tocou bateria em uma banda de jazz e passou pelo rádio, antes de fazer sucesso na TV.
Durante a infância e adolescência, viveu em Caruaru, Campina Grande e Recife. Em 1936, entrou para a faculdade de medicina. E foi o conhecimento em saúde que o levou para a comunicação. Ao dar uma palestra sobre alcoolismo no rádio, recebeu elogios pela voz e acabou contratado.
Em 1939, quando tocava bateria, embarcou em um navio para Europa com o Bando Acadêmico do Recife. Mas a Segunda Guerra Mundial interrompeu os planos do grupo de jazz e ele passou a trabalhar como locutor da Rádio Tupi.
Em 1944, criou o programa Cassino do Chacrinha. Foi a partir daí que passou a ser conhecido pelo famoso apelido. Em 1945, teve uma breve passagem pela Rádio Nacional. Chacrinha apresentou os programas Noite Dançante, aos sábados, e Tarde Dançante Melhoral, aos domingos.
O comunicador estreou na TV em meados dos anos 1950. Passou pelas TVs Tupi, Globo, Record e Bandeirantes. Em seus programas de auditório, com suas falas divertidas e o figurino extravagante, lançou vários artistas para o estrelato, entre eles, o Rei Roberto Carlos.
Mas quem fazia todo mundo rir, também experimentava momentos de tristeza. Em 1984, em uma entrevista nos estúdios da Rádio Nacional, revelou que fazia tratamento para depressão.
Na vida pessoal, Chacrinha foi casado por quatro décadas com Florinda Barbosa. O casal teve três filhos. O apresentador morreu em junho de 1988, em decorrência de um câncer de pulmão.
História Hoje Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Messias Melo