Pela primeira vez, os brasileiros vão poder ter acesso a manuscritos originais de personagens que fizeram história na política, literatura, ciência, musica e artes plásticas de todo o mundo.
São cartas, desenhos, fotografias assinadas, partituras, bilhetes. Tudo com a caligrafia original dos autores.
Da fotografia que Frida Khalo pintou com lápis de cor ao inventário que Van Gogh fez do quarto eternizada em seus quadros.
Da carta do Marechal Rondon criticando o envolvimento de militares no governo brasileiro ao recibo que Bethoven assinou para seu mecenas.
Um bilhete de Michelangelo encomendando um pedaço de mármore à partitura de Chega de Saudades de Tom Jobim.
A produtora audiovisual Maria Eduarda se encantou com a carta em que Clarice Lispector indica uma série de escritoras para a Academia Brasileira de Letras. Maria Eduarda leu um trechinho e ficou empolgada.
A exposição a Magia do Manuscrito reúne cerca de 180 documentos originais que saíram do maior acervo de manuscritos do mundo. Uma coleção que o historiador de Arte Pedro Correa do Lago começou a organizar há 50 anos e que reúne mais de 30 mil originais que ajudam a contar a história pelas mãos dos protagonistas.
Essa é a segunda vez que os documentos da coleção são expostos ao público. A primeira vez foi em 2018, em uma mostra na Morgan Library, em Nova York.
Em São Paulo a exposição começou na quarta-feira e pode ser visitada até 15 de janeiro de 2023, no SESC Avenida Paulista. O projeto foi financiado pela lei de incentivo à cultura.