O cantor e compositor Tom Zé, de 85 anos, foi eleito nesta semana o mais novo imortal da Academia Paulista de Letras. Ele teve 32 dos 35 votos para ocupar a cadeira de número 33, que antes era de Jô Soares, que morreu em agosto de 2022.
Tom Zé nasceu em Irará, na Bahia e estudou música na Universidade Federal, em Salvador. Ele chegou a São Paulo nos anos 1960 e fez parte do movimento tropicalista, liderado por Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Muitas das canções dele falam justamente sobre a capital paulista, caso de “São, São Paulo”, que ganhou o Festival da TV Record em 1968. Segundo o compositor, ele deveria figurar no livro dos recordes como o autor que mais fez canções sobre São Paulo.
Nos anos 1970, ele lançou vários álbuns hoje considerados clássicos, como “Estudando o Samba” e “Correio da Estação do Brás”.
E nos anos 1990, depois de um período em que esteve fora da mídia, Tom Zé foi redescoberto pelo músico britânico David Byrne, da banda Talking Heads.
A partir daí, ele voltou a gravar com regularidade, e com repercussão mundial. O último trabalho dele é “Língua Brasileira”, lançado este ano.
*Com sonoplastia de Messias Melo.