O ativista Ales Bialiatski – que está preso na Bielorrússia -, a organização Memorial – considerada um pilar da sociedade civil na Rússia, que foi perseguida pelos tribunais do país – e a Center for Civil Liberties, da Ucrânia, são os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz de 2022.
Os nomes foram anunciados nesta sexta-feira (7) em Oslo, na Noruega, no momento em que a Europa testemunha nova guerra após a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada há quase oito meses.
O Comité Nobel Norueguês justificou a atribuição dos prémios aos esforços dos três laureados na denúncia de crimes de guerra, de abuso do poder e de violações dos direitos humanos.
O prêmio tem forte carga simbólica, num período em que o mundo enfrenta ameaça de guerra nuclear.
De acordo com a Academia, os vencedores representam a sociedade civil em seus países de origem”. Durante muitos anos, “promoveram o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, fizeram um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder”.
“Juntos, demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia”, destaca.
Em 2021, o prêmio foi atribuído aos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitry Muratov, da Rússia, pela defesa da liberdade de imprensa e de expressão.
No dia 10 de dezembro (data da morte de Alfred Nobel) em Oslo, na Noruega, será entregue o Nobel da Paz, que consiste em uma medalha e um diploma, juntamente com um documento que confirma o valor do prêmio – de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 919 mil euros, no câmbio atual) neste ano, a ser dividido pelas várias categorias.
*Com informações da Agência Brasil