LIVRE ACESSO, espetáculo inédito da companhia carioca Circo no Ato, faz uma circulação por diferentes palcos da capital fluminense, nos meses de novembro e dezembro. A montagem, que aborda a construção social dos papéis de gênero na nossa sociedade a partir do surgimento do capitalismo, vai passar pela Arena Carioca Fernando Torres, Madureira (04/11), Areninha Carioca Renato Russo, Ilha do Governador (12/11), Lona Cultural Terra, Guadalupe (26/11), e finaliza na Areninha Carioca Renato Russo, Ilha do Governador (02/12)
Dirigido e roteirizado por Natássia Vello, a peça pretende mostrar que nem sempre fomos uma sociedade patriarcal, levando à cena a diversidade histórica dos nossos corpos, de como eles foram subjugados, tolhidos e padronizados de acordo com as expectativas do capital. Uma encenação que vai das bruxas medievais às personalidades contemporâneas que militam em prol dos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+.
Para dar voz aos temas, três acrobatas, Camila Krishna, Carol Costa e Rafael Garrido, debruçaram-se sobre suas experiências pessoais enquanto mulher, mulher negra e homem gay e criam uma pesquisa de linguagem a partir das técnicas circenses da acrobacia, contorção, força capilar e parada de mão. Às técnicas acrobáticas são incorporados movimentos inspirados em manifestações populares brasileiras como a capoeira e o funk, com o objetivo de reconhecer as raízes históricas de origem afro-brasileira pulsantes nos corpos dos artistas.
O espetáculo conta também com uma estrutura piramidal, desenvolvida pela diretora de arte Ianara Elisa, com cerca de 4 metros de altura e sustentada por 3 pilares, reforçando a tríade dos artistas em cena e trazendo em si simbolismos a respeito da pirâmide social, do masculino e feminino, da fogueira, da santíssima trindade, entre outros. Este projeto tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através do Fomento à Cultura Carioca (FOCA), da Secretaria Municipal de Cultura.
Sinopse
O espetáculo Livre Acesso desenrola os fios da história para refletir sobre as opressões de gênero que foram sendo construídas na nossa sociedade. A trama tecida com a memória dos gestos retrata desde a organização coletiva do sistema comunal, passando pela separação de gênero no sistema fabril, a perseguição das mulheres no período da caça às bruxas até o momento em que a Cia. reverencia e reverbera as vozes de personalidades que lutaram e continuam lutando pelo direito de ser quem se é. É a reivindicação de livre acesso à nossa história, aos espaços públicos, aos nossos corpos e ao nosso direito de existir.
SERVIÇO
“LIVRE ACESSO”
Temporada: 04/11 a 02/12
Valor: gratuito
Duração: 55 minutos
Classificação Etária: livre
Programação:
Arena Carioca Fernando Torres 04/11, às 11h e às 17h
R. Bernardino de Andrade, 200 – Madureira,
Areninha Carioca Renato Russo 12/11, às 16h
Parque Poeta Manuel Bandeira, SN – Aterro do Cocotá, Ilha do Governador
Lona Cultural Terra 26/11, às 17h
R. Marcos de Macedo, s/nº – Guadalupe,
Areninha Carioca Renato Russo 02/12, às 22h
Parque Poeta Manuel Bandeira, SN – Aterro do Cocotá – Ilha do Governador
Ficha Técnica
Direção de Produção – Circo no Ato
Produção Executiva – Clarissa Menezes
Direção e Roteiro – Natássia Vello
Elenco – Camila Krishna, Carol Costa e Rafael Garrido
Direção de Arte – Ianara Elisa
Direção Musical e Trilha Sonora Original – Dudu Rezende
Preparação Técnica – Ronan Silva e Marina Colares (Cia DeláPraká) e Adelly Constantini
Designer Gráfico e Identidade Visual – Kamyla Matias
Fotografia e Still – Rodrigo Menezes
Circo no Ato
O Circo no Ato é uma companhia de circo contemporâneo com pesquisa em diversas técnicas circenses, como parada de mão, flexibilidade, força capilar, dança acrobática e acrobacia em grupo. Com nove anos de trajetória e sete espetáculos em seu repertório o grupo já percorreu 23 cidades do Rio de Janeiro, 15 estados brasileiros e 11 países, participando de grandes eventos nacionais como o Palco Giratório do Sesc, O Circuito Sesc SP, e integrando importantes festivais internacionais como Penabilli (IT), Mirabília (IT), Fira Reus (ES), Brocantes (IT), Circ Plus (BE), entre outros. O grupo foi selecionado também em 5 residências artísticas nacionais e internacionais, dentro das quais trabalhou com alguns dos principais nomes do circo europeu, como Roberto Magro, Ivan Prado, Magda Clan, Psirc, entre outros. Foi contemplado em inúmeros prêmios e editais de cultura, e participou de projetos de cunho social como o Festiclown Rio de Janeiro, Festiclown Palestina e o Flying Carpet Festival, na Turquia. Durante a pandemia, o Circo no Ato se lançou na linguagem do audiovisual com sua primeira produção para o cinema, um filme de curta-metragem baseado no espetáculo, que compõe seu repertório, “A Salto Alto – Entre gentilezas e extermínios”, com estreia prevista para 2023.