A taxa de desemprego das mulheres negras é mais que o dobro da dos homens não negros. Considerando o segundo trimestre do ano, a taxa de desocupação das mulheres negras ficou em 13,9%, enquanto a dos homens não negros foi de 6,1%.
A desigualdade entre negros e não negros se expressa em todos os indicadores da pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Dieese, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.
Outro exemplo da desigualdade entre negros e não negros é em relação ao total ocupado com carteira assinada. Enquanto 39% dos homens não negros do setor privado trabalham com carteira assinada, apenas 31% das mulheres negras estão formalizadas.
A supervisora de pesquisas do Dieese, Patrícia Costa, destaca que essa desigualdade persiste ao longo dos anos.
No segundo trimestre de 2022, os homens não negros recebiam, em média, 3 mil e 708 reais de salário mensal. Já as mulheres negras recebiam, em média, mil e 705 reais de salário.
Os dados da pesquisa do Dieese são extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE.
Da Rádio Agência Nacional