Uma preguiça de cerca de 80 centímetros – maior tamanho que a espécie pode atingir – foi registrada em fotos e vídeos no Parque da Tijuca. A descoberta causou surpresa, já que ela é a maior já avistada no Parque até hoje. Para Cecília Bueno, especialista em ecologia de estrada e professora da Universidade Veiga de Almeida, a preguiça pode estar grávida devido à época reprodutiva do animal, e o tamanho também se deve as boas condições de manejo do Parque.
“O fato da gente ter encontrado uma preguiça desse tamanho significa que ela está encontrando todo o alimento necessário na Floresta da Tijuca, e a Floresta da Tijuca é muito bem manejada. Existe um trabalho com os monitores, com os guarda-parque muito bem-feito. Então eu acho que a Floresta da Tijuca hoje é um espaço que está sendo muito positivo para a fauna residente”.
O bicho-preguiça é um dos mamíferos mais comuns do Parque Nacional da Tijuca. Atualmente, existem seis espécies identificadas. Elas se alimentam de folhas, entre elas, as de embaúba e as figueiras e dormem aproximadamente 20 horas por dia.
Cecília Bueno também destaca os cuidados que os visitantes devem ter com esses animais: “Quando a gente encontra esses animais na natureza a gente deve admirar, fotografar, mas nunca entrar em contato. São animais silvestres. Nós podemos passar doenças pra eles e também a mão inversa, pegar doenças deles. Então os visitantes quando vão visitar o parque eles devem sim admirar a natureza, fotografar, mas não entrar em contato. E nunca alimentar”.
O Parque Nacional da Tijuca abriga a terceira maior floresta urbana do mundo, com diversificada flora e fauna. Atualmente, existem no local 63 espécies de mamíferos de médio e pequeno porte no parque, com destaque para o macaco-prego, o tamanduá-mirim e o quati, animal símbolo do parque.