O Bitcoin já alcançou o fundo?

Diário Carioca

Para muitos, a pergunta de um milhão de dólares é: “qual é o fundo para o neste ciclo de baixa?”.

No começo do ano, os ditos “especialistas do mercado” cravaram que o preço não viria abaixo dos US$ 45 mil. Inventaram narrativas malucas para justificar essa teoria, como “grandes players institucionais têm seu preço de compra em torno dos US$ 45 mil, eles não vão deixar cair abaixo disso!”.

Uau… que vergonha deve ser para quem falou isso em algum momento.

A torneira de dinheiro nos EUA secou, e os players institucionais que tinham grandes quantidades de bitcoin, em vez de comprar mais para “defender” o patamar dos US$ 45 mil, venderam parte de seus bitcoins. O caso mais famoso é o da Tesla (NASDAQ:), mas com certeza não foi o único.

Passada essa barreira, começaram a se apoiar em aspectos do gráfico para justificar que o bitcoin não viria abaixo dos US$ 22 mil. Em uma outra linha de análise, mais pessimista, defendiam (e ainda defendem) que o preço do bitcoin poderia vir a US$ 10 mil.

Na cabeça dos pseudoanalistas, não tem lado ruim em fazer esse tipo de “análise”, que na verdade é um mero palpite.

Se ele acertar a previsão, vira gênio e se gaba disso para o resto da vida. Se errar, bem… o mercado é difícil de prever mesmo, né?

Haja paciência…

Não é esse desserviço que quero te passar hoje.

Não importa o preço

Antes de alinhar o que quero de fato falar, vamos apenas estabelecer uma coisa: ninguém sabe qual será o preço mínimo do bitcoin em um ciclo. Ninguém! E essa adivinhação tem baixíssima relevância na prática, só que ninguém sabe disso…

Existem modelos preditivos mas que, ainda assim, não têm 100% de acurácia. Além disso, o tempo de prova é muito curto para se tentar fazer algum modelo e confiar nele cegamente. O mercado cripto não fez nem a sua festa de debutantes ainda.

Pois bem, dito isso, vamos entender o porquê de eu defender tão efusivamente que pouquíssimo importa qual é o fundo do bitcoin.

Primeiramente, se você tentar acertar o olho da mosca, você provavelmente vai errar muito mais do que acertar.

É a mesma coisa que jogar na Mega-Sena. Se você acertar, é sensacional! Você está milionário.

Mas na maioria esmagadora das vezes, isso não vai acontecer.

Portanto, falo aqui para você com toda a certeza: investir com um plano, ao longo do tempo, é muito mais efetivo do que tentar acertar o olho da mosca.

Você nunca vai ter 100% de certeza da direção que um mercado de renda variável vai tomar. Ninguém tem.

Portanto, se você vai seguir um caminho e não tem certeza do resultado final, a única obrigação que você tem é ter um plano de ação para as possíveis adversidades que o mercado pode apresentar.

Definir bons ativos e comprar a bons preços progressivamente é muito melhor do que tentar acertar o fundo exato, o que, como vocês viram, não é tão provável de acontecer.

Vamos pensar em três exemplos básicos a partir de uma mesma premissa: comprar R$ 10 mil em bitcoin.

Quem acreditou que o fundo era em US$ 45 mil e comprou nesse preço, adquiriu aproximadamente 0,021 bitcoins, contando com uma conversão de R$ 5,20 do .

Quem apostou no fundo do bitcoin a US$ 22 mil, comprou, nos mesmos parâmetros do exemplo anterior, 0,043 BTC.

Agora, se alguém foi mais esperto e comprou R$ 1 mil em BTC todo mês, pelos últimos 10 meses, considerando todo preço de todo 1º dia útil do mês, adquiriu (pasmem) 0,051 BTC.

Incrível, né? Quem não se preocupou com o fundo adquiriu mais do que o dobro de quem apostou na primeira narrativa.

Ter uma estratégia de compra é muito mais eficiente a longo prazo, além de trazer muito mais tranquilidade para o investidor, assim como dá mais margem de manobra para o investidor comprar em diferentes cenários de preço e diferentes rumos que o mercado pode tomar (e vai tomar na maioria das vezes).

Esse número pode ser ainda melhor se escolhermos o melhor momento para fazer esses aportes periódicos!

Um abraço

Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca