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O mês de janeiro no futebol tradicionalmente chega recheado de novidades em relação às contratações nos clubes brasileiros. E com o tempo da Globo não é diferente. A comentarista Alline Calandrini é o mais novo reforço para as controlar os jogos masculinos e femininos no esporte a partir deste começo de ano. A chegada da nova profissional reforça o compromisso da globo em investir cada vez mais na diversidade da equipe e no aumento da presença feminina nas coberturas esportivas.
A ex-zagueira da seleção brasileira é natural de Macapá, capital do Amapá, e informou em jornalismo. Alline chegou a conciliar a faculdade com a carreira de atleta se aposentar dos gramados atés, em 2018, quando atuava pelo Corinthians – também teve duas passagens marcantes pelo Santos. Ela trabalhou na Band até o fim do ano passado. “É um momento de realização profissional. Fazer parte da maior empresa de comunicação brasileira, que cada vez mais está buscando vozes com representatividades em uma sociedade em constante reconstrução de ideologias, é motivo de orgulho”, ressalta Alline Calandrini. “Eu sendo uma mulher que é ex-jogadora de futebol, nortista, jornalista e gay, estou otimista de que com muita humildade, estudo e conhecimento, poderei somar não só com o Esporte da Globo, mas com toda a sociedade, levando informações e inspirações para outras mulheres”.
Em 2023 a Globo irá cobrir em suas plataformas grandes competições. As novidades são a Copa do Mundo Feminina, que acontece entre julho e agosto, na Austrália e Nova Zelândia, e a Copa Libertadores masculina, que se juntam a um portfólio que já contava com o Campeonato Brasileiro Feminino – que em 2023 também passa a ser exibido também na tv aberta –;Brasileirão e a Copa do Brasil entre os homens; como Supercopas femininas e masculinas; além de alguns dos principais estados estaduais do país, como Paulista, Gaúcho e Mineiro.
Bate-bola – Alline Calandrini
Você foi uma zagueira que chegou a atuar na seleção brasileira e, paralelamente a isso, cursou a faculdade de jornalismo. Como se deu esse processo de transição dos gramados para a função de comentarista?
Em 2015 eu voltei ao Santos, onde fiquei em 2017. Tive operar o joelho duas vezes seguidas (no total, foram três cirurgias na carreira). O fato de ter me lesionado e aguentado duas temporadas sem jogar foi determinante para priorizar a final da minha faculdade de jornalismo. Em 2018 me transferi para o Corinthians pensando como atleta e na transição de carreira. Tive dificuldade em pegar o nível que tinha antes das lesões. Então alguns convites para atuar na área do jornalismo apareceram. Só que o Corinthians, naturalmente, não me liberava, pois eu ainda era um atleta. Precisei optar em continuar jogando ou se jogar em outro grande objetivo, que era o de migrar e fazer a ponte profissional, já formado em jornalismo. A Band me abriu as portas e o clube foi super acolhedor nesta transição.
O que representa para você chegar à Globo neste momento e como tem visto o investimento que a empresa tem feito em fortalecer a presença feminina nas controladas?
Integrar esta equipe neste momento, com certeza, é um ponto primordial na minha carreira. Estamos na busca por equidade no esporte em um espaço que era predominantemente ocupado por homens. Hoje posso somar com demais mulheres e vencer as barreiras do machismo e de outros preconceitos. Otimismo é o sentimento que sinto nesse momento.