Serviço Geológico do Brasil assina contrato para viabilizar mina de cobre em Bom Jardim de Goiás

Diário Carioca

Representantes do Serviço Geológico do Brasil, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB-CPRM), assinaram, na semana passada (30), o contrato de promessa de cessão dos direitos minerários do projeto Cobre Bom Jardim de Goiás (GO). O projeto deverá receber inicialmente investimentos de R$ 5 milhões para pesquisa mineral complementar.

Os resultados dessa fase poderão levar à implementação de uma mina e movimentar a economia da região, gerando emprego e renda para a população.

Este é um dos oito projetos que integram a carteira de ativos minerários do SGB-CPRM, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), e faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República. O aporte, da ordem de R$ 100 milhões, deve proporcionar mais de R$ 17 milhões por ano em arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais.

Segundo Leandro Bertossi, da Diretoria de Recursos Minerais do SGB-CPRM, a primeira fase dos investimentos vai além da pesquisa, porque beneficiará toda a população de Bom Jardim de Goiás, gerando emprego e movimentando a economia local: “Com a chegada dos pesquisadores, você já tem um giro de receita na própria cidade, porque cada um deles se hospedará, se alimentará e vai consumir produtos e serviços locais”, observou, acrescentando que “há também a necessidade de contratar mão de obra local para alguns trabalhos”.

Segunda fase Bertossi adiantou que, numa segunda fase, “caso o empreendimento se viabilize, começará um aumento na arrecadação de impostos”, por causa da geração de minérios: “Portanto, no futuro, com implementação do empreendimento mineral, os benefícios se tornam muito maiores”, explicou o representante do SGB-CPRM.

Ao assinar o contrato, o presidente do SGB-CPRM, Cassiano Alves, destacou o retorno à empresa entre os benefícios a partir do projeto. “Hoje assinamos o contrato de promessa de cessão dos direitos minerários do projeto Cobre de Bom Jardim, que foi arrematado pela empresa Axia por R$ 2 milhões, mais um bônus por produção de 1% a ser pago sobre a receita bruta do empreendimento, quando já estiver em operação” lembrou Cassiano Alves.

A assinatura Para o presidente do SGB-CPRM, “a assinatura representa um marco para o Serviço Geológico do Brasil, que após anos de estudos e revisão no qual foram investidos, nas décadas de 70 e 80, mais de R$ 10 milhões em valores atualizados, deverá ser alvo de novos investimentos agora por parte do setor privado”.

De acordo com o geólogo Marcio Remédio, da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM, a expectativa é que a fase de pesquisa demore de 3 a 8 anos.

Outros projetos A criação do PPI, em 2016, trouxe ao SGB/CPRM a oportunidade de negociar com a iniciativa privada projetos que se encontravam paralisados por décadas, sem qualquer investimento ou perspectiva de licitação ao setor mineral. Com a aprovação do MME e do Conselho do PPI, oito projetos minerários foram incluídos no programa: Complexo Polimetálico de Palmeirópolis (TO); Carvão Candiota (RS); Rio Capim Caulim (PA); Cobre Bom Jardim de Goiás (GO); e Fosfato Miriri (PB-PE); Calcário Aveiro e Gipsita Rio Cupari (PA); Ouro Natividade (TO), e Diamante Santo Inácio (BA).

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