Mais de 40 blocos, espalhados por toda a cidade, animaram este Sábado de Carnaval, 18/02, segundo dia oficial de folia nas ruas do Rio. A irreverência, a comemoração pela retomada após 2 anos, a exaltação do Carnaval da Democracia e a celebração pela vida e pelo fim da pandemia deram o tom dos festejos na maioria dos cortejos que tomaram as ruas da cidade, arrastando milhares de foliões.
Além do Cordão da Bola Preta (Centro), quarto megabloco do circuito oficial da Prefeitura a desfilar neste Carnaval, destacam-se, dentre os desfiles deste sábado, os dos blocos Amigos da Onça (Flamengo); Beco do Rato (Lapa); Barbas (Botafogo); Banda de Ipanema (Ipanema), Terreirada (São Cristóvão), Empolga às 9 (Copacabana) e Escangalha (Jardim Botânico).
Com o tema “Imbrochável? Perdeu mané!’”, o Bloco dos Barbas manteve a tradição de apostar em enredos políticos, como vem fazendo desde a sua criação, em 1985, conquistando foliões dentro e fora do bairro de Botafogo. O Empolga às 9, por sua vez, também homenageou nomes da música popular brasileira como Gal Costa e Elza Soares, arrastando uma multidão de foliões para a orla de Copacabana ao som de vários estilos da MPB.
“Temos mulheres incríveis na nossa música. O nosso bloco sempre vem com um repertório variado, recheado de sucessos de artistas maravilhosas. A mulherada merece ser reverenciada, não só no Carnaval, mas o ano todo”, ressaltou a escritora e carnavalesca assumida, Thalita Rebouças, Rainha do bloco há 12 anos.
O Terreirada mais uma vez apresentou o seu show de música regional e brasilidade. No gramado da Quinta da Boa Vista, o bloco exaltou a democracia e celebrou a vida com a performance de cerca de 60 pernaltas ao som de “Sujeito de sorte”, do cantor e compositor Belchior. No desfile, foram homenageados nomes como os da ex-vereadora Marielle Franco, do educador Paulo Freire, do jornalista britânico Dom Phillips e da psiquiatra Nise da Silveira, entre outros.
Composições de Gil, Caetano, Lulu Santos, Banda Eva, O Rappa e Baiana System, entre muitos outros artistas da música popular brasileira, animaram o cortejo do Bloco Amigos da Onça no Aterro do Flamengo. Entre foliões vestidos de feras, personagens com fantasias estilizadas, dançarinos e dezenas de pernas de pau, o público do bloco, estimado em 20 mil pessoas pelos organizadores, comandou um show de coreografias e performances ao som da banda, que entoava, além dos hits, composições autorais divertidas.
Quem quiser curtir a folia nas ruas da cidade este ano vai encontrar o maior esquema operacional já produzido até hoje para a grande festa. O público estimado de foliões para este ano é de cinco milhões de pessoas. Haverá oito postos médicos fixos, dois a mais que em 2020. Destes, a metade com equipes da prefeitura e o restante de equipes privadas contratadas pela Dream Factory, empresa responsável, desde 2010, pela infraestrutura e pela produção do Carnaval de Rua do Rio de Janeiro. Ao todo, serão dois postos médicos fixos no Centro; quatro na Zona Sul (incluindo novos pontos na Gávea e no Aterro); um na Barra; e um no Recreio.
Além dos postos médicos, o folião vai contar com 220 ambulâncias e 34 mil posições sanitárias, entre banheiros químicos e mictórios, posicionados por onde passarão os blocos, sendo 10% para pessoas com deficiência (PCDs). O número de operadores de trânsito mais do que dobrou, neste ano serão 3.250 agentes, em 2020 foram 1.500. E para ajudar na limpeza da cidade, a Comlurb vai disponibilizar a maior estrutura já utilizada pela companhia durante o carnaval, com 2550 garis, carros-pipa, equipamentos de higienização de urina, varredeiras de grande, pequeno e médio porte e mil contentores de 240 litros.
Até o fim do mês, a cidade terá mais de 400 desfiles realizados. E para ajudar a encontrar a folia de rua perfeita para você, a Riotur preparou um aplicativo com todas as informações sobre os blocos do calendário oficial da Prefeitura. Para saber trajetos e horários, é só baixar o “Partiu Bloquimmm”, disponível nas plataformas digitais.