Sob o sol do verão, na Rua Maria de Souza, em Sampaio Corrêa, no 3º distrito de Saquarema, dois moradores representam a expectativa local para a finalização da obra de extensão de 900 metros de rede de água tratada com a interligação de 18 ruas transversais que otimizará o acesso, a distribuição e vazão do recurso ali e no entorno. Na região, parte do abastecimento é feita de forma irregular e o mais comum é o de poço artesiano, como ocorria com eles, que agora têm hidrômetro instalado em suas casas.
Esse é o caso de José Rodrigues, de 60 anos, que não vê a hora de abrir a torneira para ter acesso à qualidade do serviço de abastecimento via rede de distribuição, depois de mais de meio século de vida utilizando a água do poço.
“A gente usa direto, mas pode vir contaminada por estar perto do esgoto, não é segura. Eu estou gostando de ver o trabalho da Águas do Rio aqui e não vejo a hora de ter uma água boa na minha casa, igual a que alguns vizinhos já têm”, disse.
José tem razão em sua percepção. Segundo o estudo “Saneamento e doenças de veiculação hídrica”, realizado pelo Instituto Trata Brasil, em 2019, a ausência de saneamento básico já sobrecarregava o sistema de saúde brasileiro com mais de 273 mil internações por doenças de veiculação hídrica. Entre as principais estão a diarreia, cólera, leptospirose, hepatite, entre outras enfermidades.
Os dados evidenciam que água tratada é também desenvolvimento social, além dos benefícios econômicos potenciais como a valorização dos imóveis locais e fortalecimento do turismo nos municípios. “Essa intervenção não representa somente a otimização do recurso e a melhoria do abastecimento de água tratada na região de Sampaio Corrêa. Nós levamos felicidade, dignidade, saúde e desenvolvimento. Esse é o compromisso da Águas do Rio porque sem abastecimento a vida das pessoas é muito difícil”, ressaltou o Supervisor de Operação de Água da concessionária, Matheus Paiva.
Agora com hidrômetro instalado, Euzineia dos Santos, vizinha de frente de José, comemorou a conquista e contou que o pequeno reservatório que fica no quintal nunca esteve totalmente cheio.
“A gente tinha o poço e usava a bomba manual, mas ele secou, e com criança pequena em casa a situação fica difícil. Eu estou muito feliz! A água da empresa é leve, boa e enche a caixa d`água toda até em cima. Agora eu vou pagar, é justo pagar pelo que a gente usa”, conclui ela