Mês de Conscientização do Autismo: ações marcam a final do Campeonato Carioca no Maracanã

Diário Carioca
Luciane, Theo, Fred e Munike estarão no Maracanã na noite deste sábado para ver o primeiro jogo da final do Carioca (Foto: Divulgação)

Na torcida pela inclusão, o esporte entra em campo neste sábado, 1º de abril, na final do Campeonato Carioca 2023. O Governo do Rio, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer e em ação conjunta com a Suderj, preparou uma homenagem especial para o Mês de Conscientização do Autismo. A iniciativa ganhou o apoio do Flamengo e do Fluminense, que disputam o título no Maracanã. Os times entram no gramado acompanhados de crianças que têm o espectro autista. Além disso, o estádio será iluminado de azul, e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) se juntou a iniciativa com uma novidade: até a bola da partida ganhou uma edição exclusiva, com o laço de quebra-cabeças, símbolo do autismo, estampado.

– Conscientizar a população sobre a importância de sermos mais inclusivos é um caminho necessário para que tenhamos uma sociedade melhor e que ofereça a todos, sem distinção, ambientes públicos mais convidativos. O Abril Azul se torna mais conhecido a cada ano, e o esforço do esporte, com toda a sua capilaridade, é exatamente esse, trazer mais informação e construir na sociedade uma rede de apoio para todas as famílias e pessoas com autismo – destacou o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Na arquibancada, a torcida vai receber 100 mil balões azuis para mostrar que também é capaz de fazer um gol de placa pela causa. As ações não terminam neste sábado. No próximo dia 4, durante o Tour Social no Maracanã, um grupo de crianças autistas também vai poder conhecer de perto o acervo do Museu do Futebol, a Calçada da Fama, os vestiários e até chutar a gol no gramado do estádio mais querido pelos brasileiros. Desde que o Governo do Estado anunciou a criação de um departamento dedicado às pessoas com deficiência no esporte, que tem a Suderj à frente, as ações de inclusão ganharam mais destaque na pauta esportiva no Rio de Janeiro.

Famílias batendo um bolão

O flamenguista Theo, de 11 anos, e o tricolor Fred, de 6, são dois meninos com espectro autista apaixonados por seus times do coração, que vão participar das ações pelo Abril Azul no Maracanã. Eles fazem parte das torcidas organizadas Autistas Rubro-negros e Autistas Flu.

A doceira Luciane Vieira, mãe do Theo e também rubro-negra, diz que a iniciativa é muito importante para mostrar que a inclusão é possível e deve ser uma bandeira defendida por toda a sociedade.

– Nós somos uma torcida organizada para trazer mais representatividade à causa. É muito importante que as pessoas tragam suas famílias para os estádios de futebol, que tenham esse amor. Se não trouxermos nossos filhos para essa realidade e para o convívio com outras pessoas, como eu posso criar empatia no mundo para essa caminhada autista que a gente tem pela frente?  – declarou Luciane.

Já a tricolor Munike Lourinho, da Autistas Flu, comemora a oportunidade de chamar mais atenção para a causa.

– É importante a gente mostrar pra sociedade a inclusão das nossas crianças – celebrou Munike, mãe do Fred.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca