Bárbara dá ao Brasil sua primeira medalha numa etapa de Copa do Mundo de Ginástica Rítmica

Diário Carioca
Bárbara Domingos - © Abelardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br/Direitos Reservados

Da Redação (SP) – O Brasil continua fazendo história na Ginástica Rítmica. No mesmo fim de semana em que Bárbara Domingos se tornou a primeira brasileira a alcançar uma final individual numa etapa de Copa do Mundo da GR, conquistou também a primeira medalha para o País numa competição desse nível. Com uma apresentação praticamente impecável na fita na etapa de Sófia, na Bulgária, a ginasta curitibana assegurou o bronze, com a nota 30.650, ficando atrás apenas da uzbeque Takmina Ikromova e da cazaque Elzhana Taniyeva – ambas registraram 30.900. A atleta do Uzbequistão ficou com o ouro graças à melhor nota em execução.

Não foi apenas a primeira medalha do Brasil numa disputa individual de GR na Copa do Mundo – foi também a primeira de todo o Hemisfério Sul. Numa prova das transformações da GR no mundo inteiro, foi a primeira vez em que não houve presença europeia num pódio de etapa da Copa.

A conquista se tornou possível graças à excelente execução de uma coreografia que Babi estreou no Campeonato Brasileiro Loterias CAIXA realizado em São Caetano do Sul, em agosto do ano passado. A música em torno da qual foi construída a série é um cover de “Bad Romance”, de Lady Gaga.

Na outra final em que competiu ontem, a do arco, Bárbara repetiu a posição da etapa de classificação – a oitava.

A treinadora de Bárbara, Márcia Naves, ainda tenta compreender tudo o que de extraordinário aconteceu num final de semana histórico. “Não fazíamos ideia de que tudo isso seria possível logo neste início de temporada, e por isso foi uma grata surpresa, e muito emocionante. Quando a nota saiu, a plateia começou a gritar e a aplaudir, mas nós não estávamos entendendo, porque não sabíamos as outras notas. Quando começaram a fazer o número 2, soubemos que era medalha, porque só faltava uma ginasta. E a verdade é que não caiu a nossa ficha ainda”.

De uma coisa, porém, Márcia está certa: a GR do Brasil como um todo, tanto no conjunto como no individual, chegou à elite da modalidade no mundo. “A GR do Brasil chegou. Essa é a realidade. Estamos evoluindo, estamos investindo e consequentemente os resultados estão acontecendo”.

Bárbara Domingos
Anna Nedkova/Federação Búlgara
Bárbara Domingos Anna Nedkova/Federação Búlgara

Na opinião da treinadora, Babi passou a se esforçar ainda mais depois da frustração sofrida no Campeonato Pan-Americano de 2021, quando ficou perto da classificação olímpica, mas viu a mexicana Rut Castillo conquistá-la. “A Babi disse que isso doeu muito. Desta vez, ela está fazendo de tudo para evitar que isso se repita. Se não acontecer, será porque não era para ser”.

O melhor, segundo Márcia, é que Bárbara, que conseguiu um resultado extraordinário no individual geral – a 10ª posição na etapa de Sófia – ainda tem muito a evoluir. “As séries dela têm um valor muito alto, porém ainda não estão alcançando suas notas máximas. Essa será nossa prioridade, além de melhorar a execução dos movimentos”.

Conjuntos – Na final de conjuntos da série mista, o Brasil melhorou muito a execução. A nota (29.050) melhorou bastante em relação à da classificação (28.100), mas isso não foi suficiente para a equipe comandada pela treinadora Camila Ferezin subir ao pódio.

O Brasil chegou bem perto, mas ficou atrás da surpreendente Polônia (29.750), da Grécia (29.250) e da França (29.100).

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