Sul e Sudeste somaram mais de R$ 17 milhões em despesas por doenças atreladas à falta de saneamento básico

Diário Carioca
Imagem via web

Dados presentes no Painel Saneamento Brasil apontam que as mais de 30 mil internações por doenças de veiculação hídrica resultaram em um custo de cerca de R$ 17 milhões para as regiões Sul e Sudeste do país, em 2021. A região Sudeste, que em números gerais registrou mais internações, teve despesa de R$ 11,3 milhões. A região Sul, por sua vez, teve R$ 5,9 milhões com gastos por hospitalizações.

Tabela 1 — Indicadores de saneamento e saúde nas regiões brasileiras em 2021

Fonte: DATASUS 2021/ Painel Saneamento Brasil
Fonte: DATASUS 2021/ Painel Saneamento Brasil

Em relação à incidência de internações por 10 mil habitantes, a região sul apresenta 4,18 internados a cada 10 mil, enquanto na região sudeste a incidência é de 2,32 para o mesmo grupo.

Para o Trata Brasil, os dados sinalizam a importância de se acelerar a agenda do saneamento básico com mais investimentos, para que mais pessoas recebam os serviços e alcancem a universalização, segundo a Lei 14.026 de 2020 que estipula o prazo até 2033 para 99% da população ter acesso à água tratada e 90% à coleta e tratamento dos esgotos.

Para Luana Pretto, Presidente Executiva do Instituto Trata Brasil, a ausência de políticas públicas agrava a falta de investimento no setor. “Tem que investir para ter água de qualidade, porque estamos captando muito mais água dos nossos rios. E essa água tem um custo de tratamento que acaba sendo perdida ao longo da distribuição do sistema e não chega na casa da Dona Maria, por exemplo. E ela acaba tendo que consumir água do rio, água de poço, sem uma qualidade comprovada, ficando exposta e sendo afetada por muitas doenças de veiculação hídrica”.

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