A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e o governador do Amazonas, Wilson Lima anunciaram, nesta sexta-feira (14), a assinatura de acordo entre os governos federal e estadual para destinar recursos financeiros à construção da primeira Casa da Mulher Brasileira em Manaus.
Por meio de emenda de bancada, o governo federal havia separado, em 2020, um montante de R$ 10 milhões para o governo do Amazonas instalar a primeira Casa da Mulher em Manaus, mas faltava a titularidade do estado, anunciada somente hoje.
Pelo acordo concluído nesta sexta-feira, o governo do Amazonas vai desembolsar R$ 7,5 milhões para a construção da unidade de proteção às mulheres. Com o anúncio dos recursos estaduais, o projeto da obra atende às exigências da Caixa Econômica Federal para liberação dos recursos federais.
“Com a assinatura do acordo, haverá a construção de processos burocráticos junto à Caixa Econômica Federal, que administra esse dinheiro, e de entendimento entre os técnicos do governo do estado e do Ministério da Mulher”, disse Wilson Lima, ao comentar o investimento do estado e liberação dos recursos federais para que a licitação da obra seja feita no segundo semestre deste ano.
A ministra Cida Gonçalves reforçou o propósito do governo federal e disse que o objetivo é salvar todas as mulheres e crianças do país. “Nós vamos trabalhar incansavelmente para isso. Vamos liberar recurso para quem quiser trabalhar. Não importa o partido, não importa de onde vem. Quem quiser salvar uma mulher, terá apoio deste ministério e do governo Lula”, afirmou.
Viver sem Violência
A Casa da Mulher Brasileira é um dos principais eixos do programa Mulher Viver sem Violência, relançado em março pela ministra Cida Gonçalves.
O espaço tem o objetivo de ampliar e integrar os órgãos públicos voltados ao atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência. Na mesma estrutura física, são oferecidos serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado e varas; Ministério Público, Defensoria Pública; serviços de saúde; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças (brinquedoteca) que estão com as mães vitimadas; alojamento de passagem e central de transportes para levar a outros serviços públicos, quando necessário.
Atualmente, o Brasil tem sete unidades da Casa da Mulher Brasileira em funcionamento: uma em Ceilândia, no Distrito Federal; uma em Campo Grande; uma em Curitiba; uma em Fortaleza; uma em São Paulo; uma em Boa Vista e uma em São Luís.
meta O governo federal pretende instalar 40 unidades da Casa da Mulher Brasileira, em todo o país, até 2026, com pelo menos uma unidade em cada uma das capitais.
Segundo a ministra Cida Gonçalves, o governo pretende também interiorizar a política de proteção às mulheres. “Estamos trabalhando muito para que todas as ações de governo sejam interiorizadas, de acordo com o território e com as necessidades. Independentemente de ser uma grande atendimento Casa da Mulher Brasileira, ou outra menor, as mulheres terão”, afirmou a ministra.