O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE recuou 1,6 ponto em maio, para 92,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo terceiro mês consecutivo ao variar 0,3 ponto, para 93,9 pontos.
Segundo especialistas, a confiança na indústria volta a desacelerar influenciada pela piora da situação atual e, também, por perspectivas pessimistas com relação aos próximos meses. No setor da indústria, a percepção de piora ocorre mais intensamente nas categorias de uso de bens de consumo duráveis e não duráveis.
O cenário é desafiador para a indústria, pois há o enfraquecimento no nível da demanda, taxa de juros elevada e inflação. Estes elementos, combinados, geram cautela nos empresários, que projetam redução na produção.
Em maio, houve queda em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice Situação Atual (ISA) e de Expectativas (IE) recuaram, ambos, 1,7 pontos.
Para estes índices, o que mais influencia negativamente é a percepção do empresariado acerca do nível de demanda. Também, o indicador que mede o nível de estoque piorou, o que indica que o setor tem mais estoques do que o esperado.
Em relação a perspectivas futuras, os empresários se mantêm pessimistas pelo segundo mês consecutivo, após melhora ocorrida em março de 2023.
Há piora da tendência de negócios e, em sentido contrário, o emprego previsto avançou 1,6 ponto.
Os dados são provenientes da FGV IBRE.