A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concedeu o status de zona livre de febre aftosa ao Rio Grande do Sul após dois anos sem registros da doença.
Desde 2020, foram diversas as ações desenvolvidas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) para garantir este status.
A vigilância ativa para febre aftosa registrou de 2020 até março de 2023 cerca de 19 mil fiscalizações em propriedades, 92 mil fiscalizações em barreiras de bovinos, bubalinos, ovinos e suínos, com 180 apreensões, 1,6 mil barreiras e 15 mil veículos fiscalizados.
Em fevereiro, o Chile publicou um decreto reconhecendo o Rio Grande do Sul como zona livre de aftosa, após visita realizada por representantes do país em dezembro de 2022. Isso habilita o mercado gaúcho para exportação de animais e produtos de origem animal. No ano passado, o Chile foi o sexto destino das exportações totais brasileiras, sendo o terceiro destino para carne suína, quinto para bovina e 14º de aves.
De acordo com o zootecnista Denilson José, a febre aftosa ataca as glândulas dos animais e a prevenção é feita através de vacinas.
“A febre aftosa é uma doença que ataca as glândulas, como o nome diz ele dá afta na boca, língua dos animais, atinge os bovinos, suínos e seres humanos também pegam”, afirmou o zootecnista.
Além do Rio Grande do Sul, foram certificados como zona livre de aftosa sem vacinação, em maio de 2021, Acre, Paraná, Rondônia e alguns municípios do Amazonas e do Mato Grosso. Santa Catarina tem a certificação internacional há 16 anos.
No Brasil, o status do Rio Grande do Sul de zona livre de aftosa sem vacinação foi concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em 11 de agosto de 2020.