A Prefeitura de Manaus reforçou a importância da vacinação contra a febre amarela após a confirmação de novos casos da doença no Estado de São Paulo, após três anos sem registros. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço de vacinação em 171 salas de vacinação na cidade.
O imunizante deve ser administrado aos nove meses de vida, com uma dose de reforço aos quatro anos de idade. Em Manaus, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) disponibiliza o serviço em 171 salas de vacinação.
A professora e infectologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Raquel Stucchi afirma que todas as regiões com grande concentração de Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela.
“Todas as regiões de mato e todas as regiões que a gente tem uma concentração grande do Aedes aegypti, são áreas de risco para febre amarela. Portanto, o Brasil é um país de risco para a febre amarela, por isso todos devem ser vacinados”, recomenda a infectologista.
De acordo com especialistas, o período de incubação do vírus é de 3 a 6 dias, podendo chegar a 15 dias. E a doença. advertem, pode evoluir rapidamente para casos graves com alta letalidade. Pessoas não- vacinadas que vivem em áreas endêmicas, como o interior do Amazonas e outros países da região amazônica, também estão em maior risco de infecção.
Enquanto metade dos casos é assintomática ou leve, os sintomas da febre amarela incluem calafrios, febre súbita, dor nas costas, prostração, dor de cabeça intensa e contínua, falta de apetite, náuseas, vômitos e dores musculares. Nos casos graves, podem ocorrer diarreia, icterícia (coloração amarelada na pele e nos olhos), artéria (parada de urinar), aumento dos vômitos, sangramentos e danos ao fígado e rins, podendo levar à queda de pressão e coma.
Não há tratamento específico para a febre amarela. Os casos graves são tratados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), onde são realizadas ações de suporte, como hemodiálise e o uso de medicamentos para tratar o choque hemodinâmico.
A cobertura vacinal contra a febre amarela em Manaus, considerando crianças menores de 1 ano de idade, foi de 66,04% em 2022, abaixo da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%.