O estado de Pernambuco ainda tem preocupações relacionadas a casos de Candida auris, até o momento foram registrados 9 casos da infecção. O fungo, que tem características de multirresistência e está associado a infecções invasivas e surtos em serviços de saúde em mais de 30 países dos cinco continentes do mundo, teve seus primeiros casos no Brasil em dezembro de 2020.
De acordo com a diretora geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, Karla Baêta ,dos 9 casos do fungo registrados em serviços de saúde localizados na região metropolitana do Recife, 3 casos foram no Hospital Miguel Arraes (com uma alta); 5 no Hospital Tricentenário e 1 caso que já teve alta em um hospital de rede particular.
O infectologista Werciley Júnior avalia que ao ser diagnosticado com Candida auris, o paciente precisa ser colocado em precaução de contato. “Ou seja, algumas medidas para diminuir a chance desse fungo se alastrar para outros pacientes. Incentivar a higiene de mãos com mais rigor e o tratamento adequado, ou seja, o uso de antifúngico e que funcione pra essa pra esse fundo”, explica.
Transmissão O especialista esclarece que a proliferação de um fungo se dá pelo contato, então a maneira mais comum para evitar a transmissão é a higienização constante das mãos com água e sabão ou álcool 70%. Evitar o uso de antibióticos por longos períodos, caso possível, também é uma forma de evitar o contágio do fungo.
O infectologista Julival Ribeiro alerta que por se tratar de uma infecção resistente, seu tratamento pode não ser tão fácil. “A maioria dessas infecções causadas pela Candida auris, são tratadas com determinada classe de medicamentos antifúngicos. Entretanto, existem alguns casos em que esta infecção é resistente e não responde de forma positiva a um determinado antifúngico, dessa forma, às vezes é necessário fazer-se doses de outros antifúngicos para tratar essa infecção”.
Sintomas e diagnóstico Os sintomas para a infecção por Candida auris variam de pessoa para pessoa, uma vez que os pacientes infectados com o fungo geralmente já apresentam outras comorbidades, porém os sintomas mais comuns são febre e calafrios.
O diagnóstico é realizado a partir de exame laboratorial especializado, visto que os métodos bioquímicos convencionais e aqueles com base em análise morfológica não conseguem identificar o fungo.
Julival Ribeiro chama a atenção para o fato da infecção pelo fungo ser fatal, pois é resistente a vários antifúngicos e reforça a necessidade do diagnóstico precoce para o melhor tratamento e cura da infecção.
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