O prefeito Eduardo Paes participou do anúncio nesta segunda-feira (19/06) feito pelo governo federal de que o Rio de Janeiro vai receber uma Casa da Mulher Brasileira. O projeto que vai unir União, Estado e município propõe atendimento humanizado, com a integração no mesmo local de serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres.
– Esse é um momento importante em que vemos a Federação funcionando como deve ser. Vemos o ministro da Justiça junto com o governador Claudio Castro trabalhando unidos e ambos olhando para os prefeitos independentemente dos partidos. Essa é a maneira que podemos fazer o Brasil avançar – afirmou Eduardo Paes.
Na Casa, vão ser oferecidos serviços de acolhimento e triagem, apoio psicossocial, delegacia, Juizado, Ministério Público, Defensoria Pública, promoção de autonomia econômica, cuidado das crianças, alojamento de passagem e central de transportes para a rede de atendimento nas áreas de saúde e assistência social.
– A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento que integra os serviços de combate ao feminicídio. Essa Casa tem um valor aproximado de R$ 14 milhões e ficará situada no município do Rio de Janeiro numa parceria com a Prefeitura – disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. No evento, também foram anunciados acordos de cooperação visando ao aparelhamento e fortalecimento da segurança pública no Rio, com doação de equipamentos e veículos ao Estado.
Na capital fluminense, a Casa da Mulher Brasileira será uma parceria entre as três esferas de governo. O Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério das Mulheres já haviam anunciado, em maio, a parceria para a construção de 40 Casas da Mulher Brasileira nas capitais e em alguns municípios do interior. O serviço já está em funcionamento em cidades como São Paulo e Brasília.
– Agradeço ao Ministério da Justiça por todo o apoio para que possamos fazer do Rio de Janeiro um lugar melhor para se viver. Essa integração do governo federal, estadual e as prefeituras é o que realmente vai fazer com que consigamos um Rio, um Brasil melhor. A Casa da Mulher Brasileira integra uma das pautas principais do governo do estado do Rio, que é o combate da violência contra a mulher. Esse é um trabalho prioritário nosso – frisou o governador do Rio, Cláudio Castro.
Secretaria da Mulher do Rio foi a primeira do país e já atendeu mais de 180 mil mulheres no combate à violência
A Secretaria de Políticas e Promoção da Mulher conta com 21 equipamentos, entre três Casas da Mulher Carioca, dez Salas Mulher Cidadã, dois Centros Especializados de Atendimento à Mulher (CEAM), dois Núcleos Especializados de Atendimento Psicoterapêutico para mulheres (NEAP), três Núcleos Especializados de Atendimento às Mulheres (NEAM) e o Abrigo Cora Coralina.
– A cidade do Rio é uma referência em políticas para as mulheres no cenário nacional. A Casa da Mulher Brasileira vai impulsionar ainda mais o enfrentamento à violência contra a mulher. A Casa tem o propósito das mulheres já saírem de lá com os encaminhamentos necessários, juntando as forças com o Judiciário, Ministério Público, órgãos da polícia. É mais um instrumento para garantirmos a vida das mulheres – destacou a secretária de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade. Ela ainda explicou que parte da gestão do espaço será responsabilidade da Prefeitura, principalmente no atendimento às mulheres em situação de violência e também na área de capacitação profissional.
As Casas da Mulher Carioca são espaços de promoção e de enfrentamento à violência contra a mulher. Além de cursos e oficinas para capacitação e retorno ao mercado de trabalho, as Casas também têm os Núcleos de Atendimento para mulheres em situação de violência, os NEAMs. As Casas ficam em Madureira (Casa Tia Doca), Realengo (Casa Dinah Coutinho) e Padre Miguel (Casa Elza Soares).
No setor de enfrentamento à violência, mais de 180 mil mulheres já foram atendidas e passaram pelos equipamentos da Secretaria da Mulher, para a quebra do ciclo da violência. O Cartão Mulher Carioca, auxílio financeiro emergencial no valor de R$ 500, impactou mais de 1.500 pessoas. Mais de R$ 1,5 milhão foi investido para a manutenção do serviço, com previsão de mais de R$ 3 milhões até o final de 2024.