Olhar de Zanin sobre a Constituição tende a ser mais liberal do que social, aponta jurista

Diário Carioca

O advogado Cristiano Zanin será o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi aprovado pelo Senado, nesta quarta-feira (21), e vai assumir a vaga de Ricardo Lewandowski. Zanin recebeu 58 votos favoráveis, o que indica que ele recebeu apoio de parlamentares da oposição. A posse deve acontecer em agosto.

Para comentar a escolha de Zanin para a vaga do STF, o Central do Brasil desta quinta-feira (22) conversou com a jurista Soraia Mendes.

Em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Zanin disse que a atuação dele será autêntica e não se submeterá a quem quer que seja. Ele foi advogado do presidente Lula nos processos da Lava Jato.

Leia mais: Zanin diz que atuará no STF ‘sem qualquer tipo de subordinação a quem quer que seja’

Diante de temas importantes pra sociedade brasileira, Zanin foi bem cauteloso: não expressou opiniões claras sobre aborto e política de drogas, por exemplo. Ele é até mesmo enquadrado em muitas análises como detentor de um perfil conservador.

Diante disso, a jurista avalia que Zanin não deu respostas evasivas, ao se posicionar a favor da política de drogas atual e da forma como se dão hoje em dia os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. “Ele não deu respostas evasivas, ele deu respostas evasivas naquilo que reiteradamente foi perguntado a ele, a respeito do Marco Temporal, ali foi uma resposta evasiva e preocupante.”

De acordo com Soraia, Zanin demonstrou ser favorável a umaConstituição liberal e conciliatória. “A sua proposta tende a encontrar a Constituição no sentido liberal e não um sentido de uma Constituição social. O que a gente percebe é que, talvez até mesmo pela sua origem um direito empresarial, ele tende a uma Constituição liberal, que não é muito alvissareira aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.”

Assista agora ao programa completo:

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Edição: Nicolau Soares

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