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domingo, novembro 24, 2024

MIDR vai potencializar uso de instrumentos financeiros para obras de infraestrutura nas cidades brasileiras

BrasilMIDR vai potencializar uso de instrumentos financeiros para obras de infraestrutura nas cidades brasileiras

O Governo Federal está prestes a lançar o Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável (FDIRS), iniciativa que vai viabilizar a estruturação e o desenvolvimento de projetos de concessão e parcerias público-privadas para a realização de obras de infraestrutura em todo o País. O decreto que estabelece o Conselho do FDIRS já se encontra na Casa Civil da Presidência da República e a expectativa é que o lançamento oficial do Fundo ocorra no próximo mês de agosto.

Para garantir o máximo de efetividade para o Fundo, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) está buscando o apoio de especialistas. Um deles é o Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), organização da sociedade civil de interesse público que tem como objetivo colaborar com o desenvolvimento das cidades brasileiras. Os dois órgãos trabalharão em conjunto no desenvolvimento de estratégias para que estados e municípios utilizem os recursos do FDIRS na melhoria da infraestrutura e dos serviços à população.

“O FDIRS será muito importante para a estruturação de concessões e parcerias público-privadas. Esse fundo já nasce com foco nas regiões prioritárias, que são a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Oeste, e em estados e municípios com agenda de resíduos sólidos, saneamento, cidades inteligentes, mobilidade e iluminação pública, por exemplo”, afirma o secretário nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros do MIDR, Eduardo Correa Tavares.

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“Essa parceria com o IPGC é mais um exemplo das diretrizes do presidente Lula e do ministro Waldez Góes, de trabalhar com a transversalidade. É uma agenda que temos organizado junto ao PPI da Casa Civil e aos Ministérios da Cidades e dos Transportes, entre outros. Pastas que são finalísticas e que, por porventura, possam agregar no diálogo e no fortalecimento dos pactos federativos”, completou.

Por meio da parceria, o IGPC irá apoiar o MIDR no aprimoramento do Sistema de Estruturação de Projetos (SEP) e também na estruturação de projetos de concessão e de parcerias público-privadas com recursos do FDIRS, entre outras atribuições.

Criado em 2013, o instituto atua na área de gestão de cidades por meio de iniciativas de planejamento estratégico e participativo e na estruturação de projetos de iluminação pública, energias renováveis, gerenciamento de resíduos sólidos e estruturação de cidades inteligentes.

“A cooperação com o MIDR é estratégica, pois irá reunir a expertise do IPGC às atribuições do Ministério para implementarmos políticas que apontem para um desenvolvimento nacional integrado”, destaca o diretor-presidente do IPGC, Leonardo Luís dos Santos. “Nosso objetivo é formular programas e projetos que integrem as economias regionais de forma inovadora, aproveitando as potencialidades econômicas dos territórios, melhorando a oferta dos serviços públicos e aumentando a qualidade de vida da população”, acrescenta.

O acordo não prevê a transferência de recursos financeiros. Os serviços decorrentes da parceria serão prestados em regime de cooperação mútua. A parceria será válida por 15 meses, podendo ser prorrogado mediante termo aditivo.

Sobre o FDIRS O Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Regional Sustentável foi criado a partir da reestruturação do antigo Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE) e tem três objetivos principais: a) viabilizar a estruturação e o desenvolvimento de projetos de concessões e PPPs; b) conceder garantias destinadas à cobertura dos riscos relacionados ao descumprimento de obrigações pecuniárias assumidas pelo parceiro público em PPPs; e c) permitir a participação em fundos de investimentos regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na forma de capital semente.

Inicialmente, cerca de R$ 830 milhões estarão disponíveis para a estruturação e desenvolvimento de projetos de concessões e PPPs da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste terão prioridade, sem prejuízo das demais Regiões.

O fundo será constituído por uma variedade de recursos provenientes de diferentes fontes. Isso inclui a integralização de cotas, doações de diversos tipos, incluindo de estados, do Distrito Federal, de municípios, de outros países e de organismos internacionais e multilaterais.

Além disso, o fundo também será composto pelo reembolso de valores despendidos e pelas bonificações provenientes da contratação dos serviços de estruturação e desenvolvimento de projetos de concessão e parcerias público-privadas realizados pela União, estados, Distrito Federal e municípios, seja em regime isolado ou consorciado.

Outras fontes de recursos virão da comissão pecuniária decorrente da concessão de garantias, do resultado das aplicações financeiras dos recursos do fundo e de outras destinações que possam ser direcionadas para ele.

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