Déficit primário a ser divulgado se aproxima de R$45,3 bilhões em junho, de acordo com dados disponíveis no Sistema Integrado de Administração Financeira, Siafi.
Há um decréscimo em termos reais da receita líquida do governo federal. No mesmo período do ano passado, havia superávit.
Esta informação pode ser obtida através do acesso no Tesouro Gerencial e costuma ser uma boa estimativa para os dados oficiais que são divulgados posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
No acumulado do primeiro semestre do ano, o déficit primário está em R$41,9 bilhões. No mesmo período de 2022, havia um superávit de R$59 bilhões.
A receita total apresentou um decréscimo real de 22,1% quando comparado com o mesmo mês de 2022.
Este decréscimo pode ser atribuído pela expressiva arrecadação que ocorreu em maio de 2022, graças à privatização da Eletrobras.
Esta privatização rendeu R$26,6 bilhões aos cofres públicos.
Além disso, na época houve recebimento dos dividendos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras, em R$18,9 e R$6,9 bilhões, respectivamente.
Com isso, a receita líquida este ano teve um decréscimo de R$52 bilhões, ou menos 26,5% em relação a 2022.
A queda da receita líquida foi acompanhada pelo crescimento da despesa total em junho, R$47 bilhões maior no acumulado do primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano passado.
A estimativa de déficit é realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA.