O Índice de Preços dos Gastos Familiares (IPGF) registrou aumento de 0,60% em abril.
O índice acumula taxa de 2,47% no ano e de 3,51% em 12 meses.
No mesmo período do ano passado, o IPGF acumulava 12,36%. O recente resultado consolida a tendência de desaceleração da inflação também observada no IPCA.
A desaceleração do índice se deve, principalmente, ao grupo Alimentação, que apresentava 5,75% de inflação acumulada em 12 meses em março, e agora acumula 3,17%. Este processo de desinflação do grupo de alimentação começou em dezembro de 2022.
Dentro da Alimentação, os itens que mais contribuíram para esse arrefecimento foram “óleo de soja refinado”, “outros óleos e gorduras vegetais e animais exclusive milho” e “leite resfriado, esterilizado e pasteurizado”.
Outros quatro grupos também apresentaram desaceleração: Artigos de residência, Transportes, Despesas Pessoais e Serviços prestados às famílias e atividades pessoais. O grupo Educação manteve-se estável, acumulando 8,13%.
Todos os grupos restantes do IPGF apresentaram aceleração em sua taxa interanual: Habitação, Vestuário, Saúde e Cuidados Pessoais e Comunicação.
Pouco mais de dois terços de seus itens apresentaram aumento de preço em abril. Para este índice, alguns itens que apresentaram aumento tiveram menor peso, pois os consumidores buscam produtos alternativos para substituí-los. Por exemplo, combustíveis mais caros implicam em maior uso de transporte público. Mesmo que haja aumento do preço dos combustíveis, o chamado “efeito substituição” do produto contribuiu para que o índice sofra menos com as altas em longo prazo.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, a FGV, “o IPGF é um novo índice de preços ao consumidor em que os pesos da cesta de consumo são atualizados mensalmente. Essa característica do índice contribui para que as alterações nas preferências do consumidor sejam captadas com mais agilidade”.