No primeiro trimestre de 2023 houve um aumento significativo nos registros de casos de doenças da pele no estado de São Paulo. O crescimento foi de 48,8% nos procedimentos clínicos nos ambulatórios da rede estadual, passando de 23.383 para 34.808 e 23,3% nas internações — indo de 5.927 para 7.309 em relação ao mesmo período do ano anterior.
O dermatologista Thiago Silveira Lima explica que a doença na pele fica mais suscetível à doença no inverno, por conta da alteração na barreira de proteção.
“Nós temos uma proteção natural da pele que o organismo produz, que a pele produz, compostas por proteínas, gorduras e outras substâncias — que no inverno essa barreira fica mais alterada. Então é como se fosse o escudo invisível que a gente tem na pele, que fica mais alterado. E por isso a pele fica mais desprotegida contra algumas algumas doenças que têm origem de fora para dentro, ou até doenças que o paciente já tem na pele previamente”, enfatiza o dermatologista.
Os meses que mais apresentam crescimento nos atendimentos em hospitais são os meses mais frios do ano, junho, julho e agosto. E a recomendação é que nesse período mais seco, os cuidados diários podem impedir situações mais intensas de irritação e inflamação.
“E uma das coisas que eu acho interessante que o paciente faça no inverno é o uso de um bom hidratante logo após o banho, porque assim ele sela água na pele e evita que essa que essa água “evapore”, que essa água se perca. Então depois do banho é mais interessante, pode ser um hidratante ou até óleos de forma geral. Tem pacientes que não gostam muito de usar hidratante por causa da cosmética, da sensação da pele. Aí indico também um óleo de banho, porque o óleo de banho você passa durante o banho e enxagua o excesso e depois seca com a toalha. Continua resíduo que também faz uma proteção na pele”, recomenda.
Além da hidratação na pele, especialistas recomendam o uso de sabonete à base de glicerina ou hidratante. E para pessoas que já sofrem com muita coceira causada por áreas de ressecamento intenso da pele, a recomendação é buscar o acompanhamento de médico especialista.