A vereadora Marielle Franco, assassinada no dia 14 de março de 2018, vinha sendo monitorada desde agosto de 2017, portanto, sete meses antes do crime. A informação é do ex-policial militar Élcio Queiroz em delação à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo o delegado da PF Guilhermo Catranby, o delator revelou que o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, passou a colaborar com o crime a partir de agosto de 2017. Além de confessar a sua participação no crime, Élcio apontou o também ex-policial militar Ronnie Lessa como autor dos assassinatos.
Dois dias antes do crime, Lessa fez pesquisas em uma empresa privada de dados do CPF de Marielle e de sua filha Luyara. O delegado Catranby disse que esse fato ainda não tinha aparecido nas investigações, até agora, e quando apresentado a Élcio Queiroz contribuiu para ele fazer a delação.
Outro fato, conforme o delegado, que incentivou a colaboração, foi o depoimento da mulher de Ronnie Lessa, que indicou que nem o marido e nem Élcio estavam na residência do casal, o que contrasta com as versões dos dois à Justiça.
Ainda segundo o promotor, a decisão de pedir a prisão de Suel foi com base em informações de que ele continuava se desfazendo de provas, e também por indícios de participação em atividade de organização criminosa.
Com informações da Agência Brasil, Pedro Lacerda, da Radioagência Nacional.