Em julho, o preço da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais monitoradas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A maior redução, de 4%, ocorreu em Recife, Campo Grande, João Pessoa e Aracaju. Em Porto Alegre, houve aumento de 0,47% entre junho e julho. Em Salvador, Brasília e Fortaleza foi observada relativa estabilidade.
De acordo com o levantamento, Porto Alegre foi a capital que apresentou o maior custo para a cesta básica: R$ 777,16, seguida por São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro.
Nas capitais das regiões Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram encontrados em Aracaju, onde a cesta básica é comprada a R$ 547,22, seguida por João Pessoa, Recife e Salvador.
Moradora de João Pessoa, a microempresária Milena Vieira aponta que identificou a redução, e que mantém o hábito de procurar itens em promoção.
A aposentada Maria José Barbosa, que também mora em João Pessoa, não sentiu o impacto da redução que, em julho, na capital da Paraíba, foi de 3,9%.
O balanço dos setes meses deste ano mostra que o custo da cesta básica diminuiu em nove cidades, com taxas mais expressivas em Vitória, Goiânia, Belo Horizonte e Campo Grande. Do outro lado, as altas variaram entre 1,15% em Fortaleza e 5,02% em Aracaju.
Com base na cesta básica mais cara em julho, a de Porto Alegre, o Dieese também traz uma estimativa do valor do salário mínimo que seria suficiente para suprir as despesas de uma família com quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em julho deste ano, o mínimo necessário seria de R$ 6.528,00, quase cinco vezes o mínimo de R$ 1.320,00 .