Ninho do Urubu: Justiça ouve testemunhas de acusação do incêndio que matou dez adolescentes

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Ninho do Urubu: Justiça ouve testemunhas de acusação do incêndio que matou dez adolescentes

A primeira audiência de instrução e julgamento do incêndio no Ninho do Urubu acontece nesta sexta-feira (18). Oito pessoas são réus pelas mortes dos dez atletas da categoria de base do Flamengo, em 2019, após um incêndio no Centro de Treinamento localizado em Vargem Grande, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Leia mais: Incêndio no Ninho do Urubu: Justiça do RJ revê decisão e envia caso para o STF De acordo com a denúncia, apresentada pelo Ministério Público em 2021, uma série de irregularidades cometidas pelos denunciados culminaram no incêndio. O grupo responde por incêndio culposo qualificado pelos resultados morte e lesão grave. Serão ouvidas testemunhas de acusação nesta sexta (18).  O MP cita o descumprimento de normas técnicas e desobediência a sanções administrativas impostas pelas autoridades, ocultação das reais condições das construções existentes no local ante a fiscalização do Corpo de Bombeiros, entre outras. Isso porque o alojamento que abrigava os jovens não tinha o certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros, a chamada Carta de Aprovação. Já no alvará da prefeitura, a área de dormitório, que ficava dentro de um contêiner, consta que o local era na verdade um estacionamento. Um dos réus é o ex-presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello. Os outros são Márcio Garotti, ex-diretor financeiro do Flamengo; Marcelo Sá, engenheiro do Flamengo; Claudia Pereira Rodrigues, Weslley Gimenes, Danilo da Silva Duarte e Fabio Hilário da Silva, da empresa NHJ forneceu os contêineres; e Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração. Relembre o caso O incêndio de grandes proporções no Centro de Treinamento do Flamengo completou quatro anos em fevereiro deste ano. Conhecido como Ninho do Urubu, o local não tinha alvará de funcionamento. Na madrugada do dia 8 de fevereiro de 2019, a estrutura de contêineres usados como dormitórios pegaram fogo e dez adolescentes morreram. Depoimentos da época apontaram que o curto-circuito teve início em um aparelho de ar-condicionado. As vítimas foram os adolescentes Athila Paixão, de 14 anos; Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, 14 anos; Bernardo Pisetta, 14 anos; Christian Esmério, 15 anos; Gedson Santos, 14 anos; Jorge Eduardo Santos, 15 anos; Pablo Henrique da Silva Matos, 14 anos; Rykelmo de Souza Vianna, 16 anos; Samuel Thomas Rosa, 15 anos e Vitor Isaías, 15 anos. Edição: Clívia Mesquita

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca