Ao menos 413 crianças morreram de sarampo no Iêmen nos primeiros sete meses deste ano, advertiu nesta quinta-feira (31) a Organização Mundial da Saúde (OMS). As informações são da agência de notícias Anadolu. “Até 31 de julho de 2023, o índice de possíveis diagnósticos de sarampo e rubéola no Iêmen chegou a quase 34.300 incidências e 413 mortes, contra 27 mil casos e 220 óbitos em 2022”, afirmou a agência das Nações Unidas em comunicado. O surto de doenças coincide com a crise humanitária no país, incluindo “declínio econômico, baixa renda das famílias, deslocamento, superlotação dos campos de refugiados, colapso do sistema de saúde e baixa imunização”, acrescentou a nota. A OMS reiterou manter seu trabalho junto a autoridades locais e parceiros internacionais em apoio a campanhas periódicas de vacinação. LEIA: Fome ameaça meio milhão de crianças no Iêmen, alerta ONU O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa prevalente em crianças, que causa erupções cutâneas, febre, dor nos músculos e tosse. O Iêmen é tomado por caos e violência desde setembro de 2014, quando rebeldes houthis, ligados ao Irã, capturaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A guerra escalou no ano seguinte, quando uma coalizão liderada pela Arábia Saudita interveio para restaurar o regime aliado. Os quase nove anos de conflito criaram a pior crise humanitária do mundo, segundo as Nações Unidas, com milhões de pessoas sob insegurança alimentar. LEIA: 15,3 milhões de iemenitas em risco de doenças transmitidas pela água