Em julho, a produção industrial fluminense recuou 0,8%, frente a junho, na série com ajuste sazonal. Esse desempenho reverteu em parte o avanço do mês anterior (+3,3%). Essa oscilação na passagem mensal tem sido observada durante todo ano, quando registrou quatro meses negativos e três positivos. Comparado à média brasileira (-0,6%), o desempenho do Rio de Janeiro em julho foi similar. A atividade industrial analisada engloba as Indústrias Extrativas e de Transformação, com base em dados do IBGE, feita pelo consultor econômico William Figueiredo, da Future Tank em parceria com a Rio Indústria.
Na comparação com o mesmo mês do anterior, por sua vez, a produção industrial fluminense apresentou forte crescimento em julho (+3,9%). “Esse resultado foi muito melhor que a média nacional, onde se observou queda nessa comparação (-1,1%). Foi o terceiro mês consecutivo de crescimento no Estado. Assim como em junho (+12,2%) e maio (+3,3%)”, ressalta Sérgio Duarte, presidente da Associação Rio Indústria. Este desempenho fluminense no último mês foi puxado exclusivamente pelas Indústrias Extrativas (+15,3%), ao passo que a produção das Indústrias de Transformação recuou (-7,6%).
No acumulado do ano até julho, a produção industrial fluminense avançou 4,3%, frente ao mesmo período do ano anterior. “Ao contrário do Rio, a produção industrial brasileira registrou queda esse ano (-0,4%), diante de recuo em oito dos 17 estados pesquisado”, destaca Sérgio Duarte. A produção industrial fluminense foi a quarta que mais cresceu no país esse ano, sustentada tanto pelas Indústrias Extrativas (+7,3%) como pelas Indústrias de Transformação (+1,0%).
INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÂO
Em julho, a produção fluminense das Indústrias de Transformação recuou 7,6%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o terceiro pior resultado do país, o que reverteu o avanço observado em junho no Estado (+6,2%). A produção manufatureira brasileira, da mesma forma, diminuiu em julho (-2,5%). Cabe destacar que as Indústrias de Transformação aqui analisadas englobam 24 atividades que transformam insumos (matérias-primas, materiais e componentes) em produtos novos.
Por sua vez, no acumulado do ano até julho, a produção fluminense das Indústrias de Transformação cresceu 1,0%, na comparação com igual período do ano passado. Ao contrário do Rio, a produção manufatureira brasileira diminuiu nesse início de ano (-1,5%), diante de recuo em dez dos 17 estados pesquisados.
O avanço da produção manufatureira fluminense esse ano foi sustentado por apenas quatro das 14 atividades pesquisadas, a saber: Outros Equipamentos de Transporte (+109,7%) – sobretudo naval, Produtos de minerais não-metálicos (+20,2%) – sobretudo insumos para construção, Coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+15,2%) e Bebidas
(+5,1%). Por outro lado, entre as dez atividades industriais em queda no Rio em 2023, destaque para: Produtos de metal (-14,5%), Produtos de borracha e de material plástico
(-10,9%) e Veículos automotores (-10,6%).
INDÚSTRIAS EXTRATIVAS
Em julho, a produção fluminense das Indústrias Extrativas avançou 15,3%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o segundo melhor resultado do país e o terceiro mês consecutivo com taxas de crescimento de dois dígitos, assim como junho (+18,0%) e maio (+11,0%). A média brasileira também cresceu de forma significativa em julho (+7,0%). Cabe destacar que o conjunto de Indústrias Extrativas analisados pelo IBGE é bem distinto entre os estados, destacando-se em alguns as atividades de extração mineral e em outros, como no Rio, as de extração de petróleo e gás natural.
Por sua vez, no acumulado do ano até julho, a produção fluminense das Indústrias Extrativas cresceu 7,3%, na comparação com igual período do ano anterior. Foi o terceiro estado com maior taxa de crescimento no país esse ano. A produção extrativa nacional, por sua vez, também observou forte crescimento (+6,0%) no período, diante da alta observada em seis dos onze estados pesquisados.