A Polônia manterá seu veto ao pacto de migração da União Europeia, disse o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki, à medida que o bloco busca um acordo para compartilhar requerentes de asilo para além das fronteiras de seu país de chegada. As informações são da agência de notícias Reuters. A autoridade máxima de migração da Europa reiterou que os membros devem consentir sobre sua abordagem à imigração irregular em breve, mesmo após discussões interministeriais não chegarem a um texto final nesta quinta-feira (28). Alemanha e Itália demonstraram preocupação sobre o aumento nas chegadas às vésperas de eleições cruciais. LEIA: Unicef: Mais de 11 mil crianças cruzaram sozinhas o Mar Mediterrâneo este ano O partido Lei e Justiça (PiS), que governa a Polônia, também enfrenta eleições em 15 de outubro, sob promessas de campanha para manter e intensificar o combate à imigração. Um referendo sobre a questão foi marcado para o mesmo dia do pleito. “Vou ao Conselho Europeu na próxima semana para manter meu veto à migração ilegal”, afirmou Morawiecki à televisão. “Esta é uma tentativa de atacar não apenas a soberania polonesa e de outros países-membros, como também de desestabilizar a União Europeia de maneira não democrática”, acrescentou o premiê. Nas conversas desta quinta-feira, ministros debateram novas restrições sobre uma potencial crise de refugiados como de 2015, quando mais de um milhão de pessoas da Síria e de outros países aportaram na Europa. LEIA: Manifesto contra acordo anti-imigração entre Tunísia e Europa reúne 379 assinaturas