Itamar Ben-Gvir, ministro de Segurança Nacional de Israel e deputado de extrema-direita, anunciou nesta terça-feira (10) que sua pasta busca adquirir ao menos dez mil rifles para armar “equipes de segurança”, compostas por colonos radicalizados, nas fronteiras e nos assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada.
De acordo Ben-Gvir, quatro mil rifles de assalto já foram reservados de uma fabricante local para serem distribuídos imediatamente. Além dos armamentos, capacetes e coletes à prova de balas serão providenciados e distribuídos.
“Viraremos o mundo do avesso para proteger nossas cidades [sic]”, disse Ben-Gvir em alusão aos assentamentos ilegais nas terras ocupadas. “Dei instruções para o armamento em massa de civis e para que não deixem as cidades sem proteção”.
Além disso, o governo israelense aprovou atalhos ao processo de licenciamento de armas por meio apenas de telefonemas, sem sequer análise presencial.
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Segundo a mídia local, o capitão reformado Shimon Lavi será responsável por supervisionar a medida, equipar e recrutar colonos.
A polícia israelense ajudará na distribuição de armas de fogo a “voluntários”, incluindo ao abastecer munição a arsenais civis.
Ao menos 20 palestinos, incluindo quatro crianças, foram mortos por soldados israelenses na Cisjordânia ocupada desde sábado (7), quando uma operação de resistência rompeu a fronteira nominal após meses de escalada colonial.
Outros 295 palestinos ficaram feridos.
Ben-Gvir é notório por pedir o extermínio dos palestinos de suas terras ancestrais e incitar ataques terroristas de colonos fundamentalistas. Neste ano, Ben-Gvir coligou-se ao premiê Benjamin Netanyahu e seu gabinete linha-dura, ao reivindicar a formação de uma “Guarda Nacional” sob seu comando direto — denunciada como milícia.