A senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 8 de janeiro, afirmou nesta quarta-feira (18) que pediu reforço da sua segurança ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Gama disse que passou a receber ameaças nas últimas 24 horas, após apresentar seu parecer em qual pede o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais 60 pessoas.
“Diante de tudo o que recebi de ameaças, eu preciso de um apoio e uma defesa. E quero solicitar ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que assegure uma proteção a mim e à minha família”, disse a senadora.
Ainda nesta quarta, a CPMI aprovou o relatório apresentado por Eliziane. No parecer, Eliziane afirma que os atos do 8 de janeiro foram resultado da “omissão do Exército” diante dos acampamentos golpistas e da “ambiguidade” de notas oficiais das Forças Armadas, que acabaram servindo de estímulo a quem atacava a democracia.
“O 8 de janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo. Diferentemente do que defendem os bolsonaristas, o 8 de janeiro não foi um movimento espontâneo ou desorganizado; foi uma mobilização idealizada, planejada e preparada com antecedência. Os executores foram insuflados e arregimentados por instigadores que definiram de forma coordenada datas, percurso e estratégia de enfrentamento e ocupação dos espaços”, disse Eliziane Gama em seu relatório.