A Operação Maré, que começou no dia 9 de outubro, completou uma semana nesta sexta-feira (20). A ação, que envolve agentes das forças estaduais de segurança, tem como objetivo combater o tráfico de drogas e a milícia no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.
Impactos negativos
A operação tem causado impactos negativos para a população local. As aulas em 44 escolas do complexo foram suspensas, e unidades de saúde precisaram fechar temporariamente. Além disso, houve relatos de revista nas casas de moradores, o que gerou medo e insegurança.
Censo Maré
O Complexo da Maré tem 139.073 moradores, distribuídos em 47.758 domicílios. Mais da metade da população é formada por jovens, 51,9% têm menos de 30 anos. A maioria dos moradores (62,1%) se declaram pretos ou pardos, somente 18% completaram o ensino médio, 22,6% abandonaram os estudos e 8% nunca frequentaram a escola.
Posicionamento da polícia
A Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informou que as ações das equipes seguem pautadas por critérios técnicos e planejamento prévio, sempre alinhadas ao previsto na legislação vigente. A secretaria acrescentou que a ouvidoria da SEPM está à disposição dos cidadãos para qualquer denúncia.
Críticas
O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes, avalia que a operação tem mais impactos negativos do que positivos. Segundo Nunes, a presença policial gera medo, preocupações e insegurança para a população local.
A ONG Redes da Maré, que monitora as ações de violência no território, também criticou a operação. A ONG registrou policiais sem identificação e sem câmeras nos uniformes, o que estaria em desacordo com as diretrizes estabelecidas na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635/2019, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Resumo
A Operação Maré completou uma semana com impactos negativos para a população local. As aulas em 44 escolas do complexo foram suspensas, e unidades de saúde precisaram fechar temporariamente. Além disso, houve relatos de revista nas casas de moradores, o que gerou medo e insegurança.
A Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM) informou que as ações das equipes seguem pautadas por critérios técnicos e planejamento prévio, sempre alinhadas ao previsto na legislação vigente. A secretaria acrescentou que a ouvidoria da SEPM está à disposição dos cidadãos para qualquer denúncia.
O coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes, avalia que a operação tem mais impactos negativos do que positivos. Segundo Nunes, a presença policial gera medo, preocupações e insegurança para a população local.
A ONG Redes da Maré, que monitora as ações de violência no território, também criticou a operação. A ONG registrou policiais sem identificação e sem câmeras nos uniformes, o que estaria em desacordo com as diretrizes estabelecidas na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635/2019, do Supremo Tribunal Federal (STF).