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domingo, novembro 24, 2024

China omite Israel de seus mapas online, alega imprensa americana

MundoChina omite Israel de seus mapas online, alega imprensa americana

Mapas online difundidos por diversas corporações chinesas parecem omitir o termo “Israel” do território ocupado da Palestina histórica, reportou nesta segunda-feira (30) o tradicional periódico americano The Wall Street Journal.

Conforme as alegações, usuários de internet na China foram pegos de surpresa por não encontrar o Estado de Israel em sites como o popular mecanismo de pesquisa Baidu e a plataforma de comércio Alibaba.

Segundo a reportagem, a omissão representa “ambiguidade que coincide com uma postura diplomática vaga por parte de Pequim sobre a região e opõe-se à diligência cartográfica, de maneira geral”.

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“Mapas em mandarim da Baidu demarcam as fronteiras reconhecidas internacionalmente de Israel, assim como os territórios palestinos e as principais cidades, mas não identificam com clareza o nome do país”, declarou o The Wall Street Journal.

O mesmo ocorre no mapa online da rede Alibaba, “onde mesmo nações pequenas como Luxemburgo estão claramente demarcadas”.

Conforme o jornal, ambas as empresas não comentaram o suposto problema. A reportagem reconheceu, no entanto, que não está claro se trata-se de uma nova política, assumida após Israel lançar bombardeios indiscriminados a Gaza há três semanas.

Nas redes sociais chinesas, assim como nos meios de comunicação de massa, denúncias e apelos antissionistas ganharam tração. A mídia estatal chegou a culpar os Estados Unidos por alimentar unilateralmente o conflito.

Grupos sionistas americanos acusam Pequim de alimentar o “antissemitismo”.

Carice Witte, diretora executiva do Grupo Signal, think tank israelense com enfoque nas relações com a China, afirmou ao The New York Times que “caso Pequim sentisse que é problemático permitir declarações antissemitas [sic], seus censores as impediriam. Não obstante, parece expressar a mensagem de que é algo tolerado”.

Acusações de “antissemitismo” são regularmente associadas a críticas legítimas às políticas coloniais sionistas, incorrendo na difamação de jornalistas, ativistas e mesmo emissários de diplomacia. Tais práticas são denunciadas como risco à liberdade de expressão no chamado “mundo democrático” ocidental.

A imprensa corporativa dos Estados Unidos e outros países, como Brasil, alinhou-se à versão colonial sionista da escalada na região, incluindo campanhas de desinformação por supostas “atrocidades” diariamente desmentidas.

O governo chinês recusou-se a rechaçar expressamente o movimento Hamas, apesar da pressão israelense. Em contrapartida, denuncia a ocupação como responsável pelo mais novo ciclo de violência e reivindica um cessar-fogo.

A ocupação israelense na Cisjordânia e o cerco militar a Gaza são ilegais segundo o direito internacional. Em contrapartida, as mesmas regras entendem como legítima a resistência contra a colonização — incluindo a resistência armada.

Segundo o think tank americano The China Project, “a resposta é consistente com o apoio diplomático de décadas de Pequim à Palestina e seus apelos pela solução de dois Estados, embora China e Israel tenham estabelecido uma parceria econômica desde 1992, quando estabeleceram relações”.

No fim de semana, o exército israelense intensificou sua ofensiva desde 7 de outubro, ao cortar a luz e a comunicação do território costeiro, a fim de impedir a cobertura de redes como Al Jazeera em campo na Faixa de Gaza.

Ao promover sua escalada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reforçou a retórica desumanizante de seu gabinete, suas Forças Armadas e apoiadores, ao proclamar uma “guerra santa” contra as “crianças das trevas”.

São ao menos 8.306 mortos, entre os quais, 3.457 crianças e 2.136 mulheres, até então, além de 21 mil feridos e milhares de desaparecidos sob os escombros — provavelmente mortos. As estimativas aumentam a cada hora.

As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.

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