“Após tentativas de disparos de duas células terroristas [sic] do Líbano, em direção a Israel, nossas forças responderam com fogo contra ambos os alvos e um posto de observação do Hezbollah”, comentou o exército israelense.
O Hezbollah confirmou ter atacado seis posições israelenses ao longo da fronteira.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, visitou tropas posicionadas na fronteira norte, mas alegou que seu governo não tem interesse em travar uma guerra na região. “Contudo, estamos preparados para cada missão”.
Segundo Gallant — que justificou a ofensiva e o cerco contra Gaza ao descrever os palestinos como “animais” —, caso o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, cometa “um erro”, o “destino do Líbano” estará em jogo.
Em seu primeiro discurso desde a deflagração em Gaza, há quatro semanas, Nasrallah alegou na sexta-feira (3) que “todas as opções” estão sobre a mesa, ao culpabilizar os Estados Unidos pelo genocídio impune perpetrado por Israel.
A divisa libanesa vive tensões desde 7 de outubro, quando o grupo de resistência Hamas cruzou a fronteira de Gaza a Israel e capturou colonos e soldados.
A ação de resistência decorreu de meses de escalada colonial em Jerusalém e na Cisjordânia, além de 17 anos de cerco militar a Gaza.
A fim de “dissuadir” o Hezbollah de envolver-se no conflito, tropas israelenses lançam disparos frequentes às comunidades na região, incluindo fósforo branco — substância proibida que causa queimaduras graves.
Foram mortos 9.488 palestinos até então, entre os quais 3.826 crianças e 2.405 mulheres. Ao menos 30 mil pessoas ficaram feridas, além de 2.200 desaparecidos sob os escombros, dos quais 1.250 crianças.
As ações israelenses equivalem a crime de guerra, punição coletiva e genocídio.